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Naoto Kan: Japão deve tentar abrir mão da energia nuclear

Quatro meses após a catástrofe nuclear em Fukushima, o premiê japonês afirmou que a política energética do país não garante segurança

O premiê japonês declarou ser partidário de uma "redução progressiva" da participação da energia nuclear em favor das energias renováveis (Toru Hanai/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 10h35.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou nesta quarta-feira que o país deveria tentar prescindir da energia nuclear no futuro, quatro meses depois da catástrofe nuclear de Fukushima.

"Levando em consideração a gravidade do acidente, já não se pode afirmar que a política executada até agora garanta a segurança da exploração da energia nuclear. Devemos nos esforçar para construir uma sociedade que possa existir sem a energia nuclear", afirmou o chefe de Governo de centro-esquerda em uma entrevista coletiva.

O premier afirmou que é necessário revisar por completo a política energética do Japão, que antes da crise de Fukushima havia previsto elevar a participação da eletricidade nuclear na produção total do país a mais de 50% até 2030, contra 30% em 2010.

Kan declarou ser partidário de uma "redução progressiva" da participação da energia nuclear em favor das energias renováveis (solar, eólica, biomassa, etc.), com o objetivo final de abandoná-la totalmente.

Mas o primeiro-ministro não apresentou um calendário para abandonar a energia nuclear.

O Japão tem atualmente 54 reatores, mas 35 estão paralisados em consequência de terremotos ou para manutenção. Kan ordenou testes de resistência antes de uma decisão sobre a retomada das atividades.

Na quinta-feira, o Parlamento japonês retomará os debates sobre um projeto de lei para as energias renováveis.

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Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou nesta quarta-feira que o país deveria tentar prescindir da energia nuclear no futuro, quatro meses depois da catástrofe nuclear de Fukushima.

"Levando em consideração a gravidade do acidente, já não se pode afirmar que a política executada até agora garanta a segurança da exploração da energia nuclear. Devemos nos esforçar para construir uma sociedade que possa existir sem a energia nuclear", afirmou o chefe de Governo de centro-esquerda em uma entrevista coletiva.

O premier afirmou que é necessário revisar por completo a política energética do Japão, que antes da crise de Fukushima havia previsto elevar a participação da eletricidade nuclear na produção total do país a mais de 50% até 2030, contra 30% em 2010.

Kan declarou ser partidário de uma "redução progressiva" da participação da energia nuclear em favor das energias renováveis (solar, eólica, biomassa, etc.), com o objetivo final de abandoná-la totalmente.

Mas o primeiro-ministro não apresentou um calendário para abandonar a energia nuclear.

O Japão tem atualmente 54 reatores, mas 35 estão paralisados em consequência de terremotos ou para manutenção. Kan ordenou testes de resistência antes de uma decisão sobre a retomada das atividades.

Na quinta-feira, o Parlamento japonês retomará os debates sobre um projeto de lei para as energias renováveis.

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