Não há testemunha sobre a morte de promotor, diz autoridade
Os investigadores não encontraram nenhuma carta ao lado do corpo e já deram início à autópsia
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 13h52.
Buenos Aires - Os investigadores que tentam esclarecer a morte do promotor argentino Alberto Nisman não encontraram nenhuma carta ao lado do corpo e já deram início à autópsia, cujos resultados serão conhecidos ainda nesta segunda-feira, informaram fontes da promotoria.
"A autópsia já começou", informou aos meios de comunicação a promotora Viviana Fein em sua saída do edifício no qual Nisman vivia na capital argentina, onde foi encontrado morto.
"Não sabemos se o promotor dormiu ou não dormiu, temos a hora de data de falecimento, foi antes do jantar (do sábado)", acrescentou Fein.
"Não há testemunhas, não há vizinhos, não há nenhuma carta. Não houve oportunidade de falar com vizinhos, mas a princípio também não houve necessidade de falar com eles", disse Fein, que apontou que também não foram questionados os dez policiais que faziam a segurança de Nisman.
Além disso, a promotora assegurou que foram solicitadas "inúmeras provas de distintas divisões científicas-técnicas da Prefeitura e da Polícia Federal", incluindo revisões de câmeras de segurança e de telecomunicações.
Fein também confirmou os dados já divulgados pelo Ministério de Segurança em comunicado na noite passada, segundo os quais o corpo de Nisman foi achado no banheiro de seu apartamento, junto a uma pistola calibre 22 e um cápsula de projétil de bala.
O alarme "soou" quando os guardas de Nisman perceberam que ele não havia retirado de sua porta o jornal de domingo e nem respondia ao telefone e assim, decidiram notificar aos parentes.
O corpo foi encontrado por sua mãe, que conseguiu entrar na casa com ajuda de um serralheiro porque a porta estava fechada com chave interiormente.
A descoberta do corpo aconteceu horas antes do comparecimento de Alberto Nisman previsto para hoje perante o Congresso, para detalhar a denúncia contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores pelo suposto encobrimento dos supostos autores do atentado contra Amia, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos em 1994.
Ao apresentar a denúncia, Alberto Nisman afirmou perante a Justiça que contava com gravações de conversas telefônicas entre autoridades iranianas, agentes de inteligência e mediadores argentinos que, segundo o promotor, demonstrariam que a Argentina assinou um memorando de entendimento com o Irã que envolveria o encobrimento de alguns dos principais suspeitos do atentado.
Segundo Nisman, o encobrimento buscava como contrapartida um impulso do comércio bilateral e a troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética no país sul-americano.
Após a denúncia, o governo se apressou para acusar o promotor de mentir e de se deixar levar por conflitos internos na Secretaria de Inteligência, enquanto a oposição reivindicou que se tratava de uma denúncia de urgência, o que foi negado pela Justiça na quinta-feira.
O atentado contra a Amia deixou 85 mortos e 300 feridos em 18 de julho de 1994, dois anos depois que uma bomba explodiu diante da embaixada de Israel em Buenos Aires e provocou a morte de 29 pessoas.
A investigação e a comunidade judaica atribuem ao Irã e à organização Hezbollah o planejamento e execução de ambos atentados.
Buenos Aires - Os investigadores que tentam esclarecer a morte do promotor argentino Alberto Nisman não encontraram nenhuma carta ao lado do corpo e já deram início à autópsia, cujos resultados serão conhecidos ainda nesta segunda-feira, informaram fontes da promotoria.
"A autópsia já começou", informou aos meios de comunicação a promotora Viviana Fein em sua saída do edifício no qual Nisman vivia na capital argentina, onde foi encontrado morto.
"Não sabemos se o promotor dormiu ou não dormiu, temos a hora de data de falecimento, foi antes do jantar (do sábado)", acrescentou Fein.
"Não há testemunhas, não há vizinhos, não há nenhuma carta. Não houve oportunidade de falar com vizinhos, mas a princípio também não houve necessidade de falar com eles", disse Fein, que apontou que também não foram questionados os dez policiais que faziam a segurança de Nisman.
Além disso, a promotora assegurou que foram solicitadas "inúmeras provas de distintas divisões científicas-técnicas da Prefeitura e da Polícia Federal", incluindo revisões de câmeras de segurança e de telecomunicações.
Fein também confirmou os dados já divulgados pelo Ministério de Segurança em comunicado na noite passada, segundo os quais o corpo de Nisman foi achado no banheiro de seu apartamento, junto a uma pistola calibre 22 e um cápsula de projétil de bala.
O alarme "soou" quando os guardas de Nisman perceberam que ele não havia retirado de sua porta o jornal de domingo e nem respondia ao telefone e assim, decidiram notificar aos parentes.
O corpo foi encontrado por sua mãe, que conseguiu entrar na casa com ajuda de um serralheiro porque a porta estava fechada com chave interiormente.
A descoberta do corpo aconteceu horas antes do comparecimento de Alberto Nisman previsto para hoje perante o Congresso, para detalhar a denúncia contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores pelo suposto encobrimento dos supostos autores do atentado contra Amia, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos em 1994.
Ao apresentar a denúncia, Alberto Nisman afirmou perante a Justiça que contava com gravações de conversas telefônicas entre autoridades iranianas, agentes de inteligência e mediadores argentinos que, segundo o promotor, demonstrariam que a Argentina assinou um memorando de entendimento com o Irã que envolveria o encobrimento de alguns dos principais suspeitos do atentado.
Segundo Nisman, o encobrimento buscava como contrapartida um impulso do comércio bilateral e a troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética no país sul-americano.
Após a denúncia, o governo se apressou para acusar o promotor de mentir e de se deixar levar por conflitos internos na Secretaria de Inteligência, enquanto a oposição reivindicou que se tratava de uma denúncia de urgência, o que foi negado pela Justiça na quinta-feira.
O atentado contra a Amia deixou 85 mortos e 300 feridos em 18 de julho de 1994, dois anos depois que uma bomba explodiu diante da embaixada de Israel em Buenos Aires e provocou a morte de 29 pessoas.
A investigação e a comunidade judaica atribuem ao Irã e à organização Hezbollah o planejamento e execução de ambos atentados.