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Nações ricas devem liberar recursos, diz China sobre clima

Segundo representante chinês, lentas negociações só poderão avançar se as nações ricas cumprirem a promessa de fornecer bilhões

Delegados durante a cerimônia de abertura da COP19 das Nações Unidas, em Varsóvia  (Kacper Pempel/Reuters)

Delegados durante a cerimônia de abertura da COP19 das Nações Unidas, em Varsóvia (Kacper Pempel/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 15h50.

Varsóvia - As lentas negociações da ONU sobre o combate às mudanças climáticas só poderão avançar se as nações ricas cumprirem a promessa de fornecer bilhões de dólares em financiamento para países em desenvolvimento, disse o chefe das negociações climáticas da China, Su Wei, nesta quinta-feira.

O negociador chinês disse a jornalistas em Varsóvia que os países desenvolvidos devem cumprir as promessas feitas em 2010 e pagar imediatamente os 30 bilhões de dólares prometidos para ajudar países pobres a lidar com os efeitos da mudança climática.

Países ricos também precisam esclarecer como pretendem aumentar a ajuda até os 100 bilhões de dólares por ano prometidos até 2020, acrescentou.

"Isso seria um ponto de partida muito importante e fundamental para a conclusão bem-sucedida da negociação de um acordo pós-2020", disse Su.

Delegados de quase 200 países estão reunidos em Varsóvia entre 11 e 22 novembro para as negociações sobre um novo tratado climático global.

Os países buscam chegar a acordo até 2015 sobre um pacto para suceder o Protocolo de Kyoto, definindo limites obrigatórios de emissões de gases de efeito estufa após 2020.

Mas poucos países se comprometeram com metas firmes de redução de emissões, e as principais nações em desenvolvimento, como China e Índia --que não têm metas estabelecidas no Protocolo de Kyoto--, insistem que o sucesso das negociações depende do financiamento por parte de países ricos.

"Nós queremos ver um roteiro muito claro... queremos ver a provisão efetiva e real das fontes de financiamento", disse Su.

A questão do financiamento está no topo da agenda das negociações da ONU depois que as Filipinas e partes do sudeste da Ásia foram devastadas esta semana pelo tufão Haiyan, uma das tempestades mais fortes já registradas em todos os tempos.

"Estamos firmemente comprometidos com o mandato que concordamos em Durban (nas negociações da ONU em 2011) que as partes agirão melhor depois de 2020", disse Su, sem dar mais detalhes.

O negociador não quis dizer quando a China vai anunciar suas próprias metas de redução de emissões pós-2020. A China prometeu reduzir as emissões por unidade de produção econômica para 40-45 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2020.

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