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Mursi é acusado de homicídio e sequestro em dia de protestos

Atendendo a pedido de exército, milhares de pessoas protestaram saudando a promessa das Forças Armadas de enfrentar semanas de violência

Homem usa máscara de Mursi: partidários do líder islamista deposto fizeram manifestações contrárias para exigir sua restauração como presidente, ignorando a ameaça de uma repressão iminente (Khaled Desouki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 14h22.

Cairo - O presidente egípcio deposto Mohamed Mursi está sob investigação por uma série de acusações, incluindo homicídio, informou a agência de notícias estatal nesta sexta-feira, elevando a tensão no Egito à medida que os campos políticos opostos do país tomaram as ruas.

Atendendo a pedido do chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, por um mandato popular, milhares de pessoas protestaram em várias cidades egípcias, saudando a promessa das Forças Armadas de enfrentar semanas de violência provocadas pela derrubada de Mursi, em 3 de julho.

Partidários do líder islamista deposto fizeram manifestações contrárias para exigir sua restauração como presidente, ignorando a ameaça de uma repressão iminente e prometendo não ceder a uma exigência do Exército para dar fim imediato a seus protestos.

Uma testemunha da Reuters disse que milhares de ativistas pró-Mursi entraram em confronto com manifestantes pró-Exército em Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, com alguns manifestantes atirando pedras nas multidões a partir de telhados. Quinze pessoas ficaram feridas.

Sete manifestantes também ficaram feridos durante confrontos na cidade de Damietta, no delta do Nilo. No Cairo, helicópteros militares voavam baixo sobre a principal vigília em apoio a Mursi.

Há uma preocupação cada vez maior no Ocidente diante do curso tomado pelo país de 84 milhões de habitantes, uma nação pivô entre o Oriente Médio e a África e que recebe 1,5 bilhão de dólares por ano em ajuda dos Estados Unidos.

Mursi não é visto em público desde sua deposição, e o Exército diz que ele está detido para sua própria segurança. Mas a agência de notícias Mena disse que o ex-presidente agora ficaria detido por 15 dias enquanto um juiz investiga uma série de acusações.


A investigação se concentra em acusações de que ele conspirou com o grupo palestino islâmico Hamas para escapar da prisão durante o levante de 2011 contra o autocrata Hosni Mubarak, matando alguns presos e funcionários, sequestrando soldados e incendiando prédios.

Mursi havia dito que moradores o ajudaram a fugir da prisão durante os levantes de 2011, e a Irmandade Muçulmana denunciou as acusações levantadas contra ele.

"No fim do dia, sabemos que todas essas acusações nada mais são do que a fantasia de alguns poucos generais do Exército e de uma ditadura militar", disse o porta-voz da Irmandade, Gehad El-Haddad. "Vamos continuar nossos protestos nas ruas".

Milhares de homens, mulheres e crianças se uniram aos simpatizantes da Irmandade na vigília no nordeste do Cairo. "Nosso sangue e nossas almas para o Islã!", gritava a multidão, sem mostrar sinais de que vai recuar.

O Exército ameaçou "virar suas armas" aos que usarem de violência, enquanto a Irmandade alertou sobre uma guerra civil, negando sugestões de que está provocando problemas.

Milhares de manifestantes pró-exército se reuniram na manhã de sexta-feira na Praça Tahir, centro de dois anos de agitações no Egito, antes do principal protesto, que não deve sair até depois da oração da noite, marcando o fim do jejum do dia do Ramadan.

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Cairo - O presidente egípcio deposto Mohamed Mursi está sob investigação por uma série de acusações, incluindo homicídio, informou a agência de notícias estatal nesta sexta-feira, elevando a tensão no Egito à medida que os campos políticos opostos do país tomaram as ruas.

Atendendo a pedido do chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, por um mandato popular, milhares de pessoas protestaram em várias cidades egípcias, saudando a promessa das Forças Armadas de enfrentar semanas de violência provocadas pela derrubada de Mursi, em 3 de julho.

Partidários do líder islamista deposto fizeram manifestações contrárias para exigir sua restauração como presidente, ignorando a ameaça de uma repressão iminente e prometendo não ceder a uma exigência do Exército para dar fim imediato a seus protestos.

Uma testemunha da Reuters disse que milhares de ativistas pró-Mursi entraram em confronto com manifestantes pró-Exército em Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, com alguns manifestantes atirando pedras nas multidões a partir de telhados. Quinze pessoas ficaram feridas.

Sete manifestantes também ficaram feridos durante confrontos na cidade de Damietta, no delta do Nilo. No Cairo, helicópteros militares voavam baixo sobre a principal vigília em apoio a Mursi.

Há uma preocupação cada vez maior no Ocidente diante do curso tomado pelo país de 84 milhões de habitantes, uma nação pivô entre o Oriente Médio e a África e que recebe 1,5 bilhão de dólares por ano em ajuda dos Estados Unidos.

Mursi não é visto em público desde sua deposição, e o Exército diz que ele está detido para sua própria segurança. Mas a agência de notícias Mena disse que o ex-presidente agora ficaria detido por 15 dias enquanto um juiz investiga uma série de acusações.


A investigação se concentra em acusações de que ele conspirou com o grupo palestino islâmico Hamas para escapar da prisão durante o levante de 2011 contra o autocrata Hosni Mubarak, matando alguns presos e funcionários, sequestrando soldados e incendiando prédios.

Mursi havia dito que moradores o ajudaram a fugir da prisão durante os levantes de 2011, e a Irmandade Muçulmana denunciou as acusações levantadas contra ele.

"No fim do dia, sabemos que todas essas acusações nada mais são do que a fantasia de alguns poucos generais do Exército e de uma ditadura militar", disse o porta-voz da Irmandade, Gehad El-Haddad. "Vamos continuar nossos protestos nas ruas".

Milhares de homens, mulheres e crianças se uniram aos simpatizantes da Irmandade na vigília no nordeste do Cairo. "Nosso sangue e nossas almas para o Islã!", gritava a multidão, sem mostrar sinais de que vai recuar.

O Exército ameaçou "virar suas armas" aos que usarem de violência, enquanto a Irmandade alertou sobre uma guerra civil, negando sugestões de que está provocando problemas.

Milhares de manifestantes pró-exército se reuniram na manhã de sexta-feira na Praça Tahir, centro de dois anos de agitações no Egito, antes do principal protesto, que não deve sair até depois da oração da noite, marcando o fim do jejum do dia do Ramadan.

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