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Mundo rejeita espionagem de comunicações, diz Snowden

A lei que acabou com a coleta em massa de dados telefônicos "é uma vitória histórica" segundo o ex-analista da NSA

Edward Snowden (Frederick Florin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 22h55.

A lei que acabou com a coleta em massa de dados telefônicos "é uma vitória histórica para os direitos de todos os cidadãos", afirma o ex-analista da inteligência americana Edward Snowden em uma coluna publicada nesta quinta-feira.

Em um artigo de opinião publicado em vários jornais internacionais, incluindo o The New York Times, Snowden considerou que houve uma profunda mudança na consciência pública em relação à espionagem maciça desde que ele vazou documentos confidenciais que revelaram como o governo americano e alguns de seus sócios vigiavam as comunicações eletrônicas.

"O fim da espionagem em massa de telefonemas privados sob a Lei Patriota é uma vitória histórica para os direitos de todos os cidadãos, mas é apenas produto de uma mudança na consciência global", destaca Snowden, ao se referir ao fim do programa de coleta indiscriminada de dados telefônicos nos Estados Unidos.

"Desde 2013, instituições de toda a Europa sentenciaram como ilegais leis similares e impuseram novas restrições às atividades futuras. As Nações Unidas declararam a espionagem indiscriminada como uma violação dos direitos humanos sem ambiguidades", acrescentou.

Snowden, de 31 anos, é procurado pela justiça dos Estados Unidos por ter vazado à imprensa documentos confidenciais. Alguns o consideram um traidor, outros um herói.

O governo da Rússia concedeu residência temporária ao ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) e foragido da justiça americana.

Ao descrever seu périplo dos últimos dois anos, desde que fez suas revelações ante três jornalistas em um quarto de hotel de Hong Kong, Snowden disse que a princípio se preocupava de que ninguém se importasse.

"Nunca fui tão grato por estar errado", escreveu.

"Dois anos depois, a diferença é enorme. Em apenas um mês, o invasivo programa da NSA de rastreamento de chamadas foi declarado ilegal pelos tribunais e repudiado pelo Congresso".

Os dispositivos da Lei Patriota que permitiam a vigilância indiscriminada das comunicações que estavam em vigor desde 2001 expiraram no último domingo e foram substituídas pelo Freedom Act (Lei de Liberdade).

Snowden declarou que depois que uma comissão designada pela Casa Branca constatou que o programa de vigilância em massa não havia frustrado nenhum tentado, "inclusive o presidente, que havia defendido sua pertinência e criticado seu vazamento, ordenou que fosse encerrado".

No entanto, Snowden advertiu que as comunicações eletrônicas continuam sendo amplamente vigiadas.

"Embora tenhamos avançado muito, o direito à privacidade - o fundamento dos direitos consagrados na Constituição - continua sob ameaça", disse.

"Enquanto você lê isso on-line, o governo dos Estados Unidos toma nota", declarou.

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A lei que acabou com a coleta em massa de dados telefônicos "é uma vitória histórica para os direitos de todos os cidadãos", afirma o ex-analista da inteligência americana Edward Snowden em uma coluna publicada nesta quinta-feira.

Em um artigo de opinião publicado em vários jornais internacionais, incluindo o The New York Times, Snowden considerou que houve uma profunda mudança na consciência pública em relação à espionagem maciça desde que ele vazou documentos confidenciais que revelaram como o governo americano e alguns de seus sócios vigiavam as comunicações eletrônicas.

"O fim da espionagem em massa de telefonemas privados sob a Lei Patriota é uma vitória histórica para os direitos de todos os cidadãos, mas é apenas produto de uma mudança na consciência global", destaca Snowden, ao se referir ao fim do programa de coleta indiscriminada de dados telefônicos nos Estados Unidos.

"Desde 2013, instituições de toda a Europa sentenciaram como ilegais leis similares e impuseram novas restrições às atividades futuras. As Nações Unidas declararam a espionagem indiscriminada como uma violação dos direitos humanos sem ambiguidades", acrescentou.

Snowden, de 31 anos, é procurado pela justiça dos Estados Unidos por ter vazado à imprensa documentos confidenciais. Alguns o consideram um traidor, outros um herói.

O governo da Rússia concedeu residência temporária ao ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) e foragido da justiça americana.

Ao descrever seu périplo dos últimos dois anos, desde que fez suas revelações ante três jornalistas em um quarto de hotel de Hong Kong, Snowden disse que a princípio se preocupava de que ninguém se importasse.

"Nunca fui tão grato por estar errado", escreveu.

"Dois anos depois, a diferença é enorme. Em apenas um mês, o invasivo programa da NSA de rastreamento de chamadas foi declarado ilegal pelos tribunais e repudiado pelo Congresso".

Os dispositivos da Lei Patriota que permitiam a vigilância indiscriminada das comunicações que estavam em vigor desde 2001 expiraram no último domingo e foram substituídas pelo Freedom Act (Lei de Liberdade).

Snowden declarou que depois que uma comissão designada pela Casa Branca constatou que o programa de vigilância em massa não havia frustrado nenhum tentado, "inclusive o presidente, que havia defendido sua pertinência e criticado seu vazamento, ordenou que fosse encerrado".

No entanto, Snowden advertiu que as comunicações eletrônicas continuam sendo amplamente vigiadas.

"Embora tenhamos avançado muito, o direito à privacidade - o fundamento dos direitos consagrados na Constituição - continua sob ameaça", disse.

"Enquanto você lê isso on-line, o governo dos Estados Unidos toma nota", declarou.

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