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Mulher saudita tem socorro negado e morre – veja o porquê

Estudante morreu na Arábia Saudita depois que seguranças da universidade impediram que os médicos, homens, a socorressem

Mulheres na Arábia Saudita: estudante universitária morreu após ter socorro impedido (FAYEZ NURELDINE/AFP/Getty Images)

Guilherme Dearo

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 17h31.

São Paulo – Uma estudante universitária morreu na Arábia Saudita depois de sofrer uma parada cardíaca.

Até aí, parece uma fatalidade. O problema foi que ela não pôde ser salva porque os médicos eram homens.

Na Arábia Saudita, se segue a vertente Wahhabi do Islamismo . Entre outras regras, proíbe homens e mulheres de se misturarem.

Amena Bawazir, que estudava na Universidade Rei Saud, passou mal na área do campus destinada exclusivamente às mulheres.

Segundo a irmã de Amena, o socorro chegou às 11h, mas os seguranças do campus não queriam deixar que os paramédicos, homens, entrassem na área das mulheres.

Eles só foram liberados às 13h, mas era tarde demais. Ela já chegou morta ao hospital.

A universidade negou as acusações e disse que a jovem já tinha um histórico de doenças cardíacas.

Histórico

Em 2002, esse tipo de segregação resultou em uma tragédia ainda mais chocante.

Em uma escola de meninas em Mecca, 15 estudantes morreram em um incêndio porque os socorristas não deixaram que elas saíssem.

O “motivo”: elas não estavam usando um véu cobrindo todo o corpo e, portanto, não poderiam aparecer na presença dos homens.

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São Paulo – Uma estudante universitária morreu na Arábia Saudita depois de sofrer uma parada cardíaca.

Até aí, parece uma fatalidade. O problema foi que ela não pôde ser salva porque os médicos eram homens.

Na Arábia Saudita, se segue a vertente Wahhabi do Islamismo . Entre outras regras, proíbe homens e mulheres de se misturarem.

Amena Bawazir, que estudava na Universidade Rei Saud, passou mal na área do campus destinada exclusivamente às mulheres.

Segundo a irmã de Amena, o socorro chegou às 11h, mas os seguranças do campus não queriam deixar que os paramédicos, homens, entrassem na área das mulheres.

Eles só foram liberados às 13h, mas era tarde demais. Ela já chegou morta ao hospital.

A universidade negou as acusações e disse que a jovem já tinha um histórico de doenças cardíacas.

Histórico

Em 2002, esse tipo de segregação resultou em uma tragédia ainda mais chocante.

Em uma escola de meninas em Mecca, 15 estudantes morreram em um incêndio porque os socorristas não deixaram que elas saíssem.

O “motivo”: elas não estavam usando um véu cobrindo todo o corpo e, portanto, não poderiam aparecer na presença dos homens.

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