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Mulher mais procurada da França estaria na Turquia

Hayat Boumeddiene, companheira do homem que manteve reféns em mercado judeu, estaria na Turquia no momento dos ataques terroristas, diz fonte policial

Montagem com as fotos de Amedy Coulibaly (D) e Hayat Boumeddiene (Paris Prefecture de Police handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 15h57.

Paris - Hayat Boumeddiene, a companheira do homem que matou uma policial e manteve vários reféns em um mercado especializado em produtos judaicos, em Paris , alvo de um mandado de busca da polícia, viajou para a Turquia , onde estaria "desde o começo de janeiro", afirmou à AFP neste sábado uma fonte policial.

Procurada pelo suposto envolvimento na troca de tiros praticada por seu marido, Amédy Coulibaly, em Montrouge (sul de Paris), no qual uma policial foi morta, e pela suspeita de ajuda na tomada de reféns no mercado kasher (que deixou quatro mortos), Boumeddiene, muito provavelmente, já estava na Turquia no momento dos fatos, informou a fonte.

Os investigadores buscam verificar se, após viajar para a Turquia, ela passou pela Síria.

A polícia tinha difundido uma foto da jovem de 26 anos e advertiu, na ordem de captura emitida contra ela, que pode "estar armada" e ser "perigosa", antes de revelada sua provável fuga para o exterior.

De cabelos pretos e longos e rosto infantil, Boumeddiene é muito religiosa e usa o véu integral, o que a obrigou a renunciar ao emprego de caixa, segundo a imprensa francesa.

Filha de um entregador, faz parte de uma família de sete irmãos. Ela se casou no religioso com Coulibaly em 2009. Sua mãe morreu em 1994, segundo a mesma fonte.

Em uma foto que circula pelas redes sociais, ela aparece usando um véu islâmico negro integral, que só deixa à mostra os olhos, e segurando uma balestra, um tipo de arma que dispara flechas.

A mulher mais procurada da França

As forças de segurança francesas buscavam Hayat Boumeddiene freneticamente neste sábado. A polícia voltou neste sábado ao mercado que foi cenário da tragédia para tentar recolher mais pistas que possam sugerir o paradeiro da jihadista.

Tanto Coulibaly como sua companheira mantinham vínculos constantes com os irmãos Said e Chérif Kouachi, responsáveis pela matança na sede parisiense da revista Charlie Hebdo.

Os dois foram mortos na localidade de Dammartin-en-Goële, nordeste de Paris, quase ao mesmo tempo que Coulibaly.

A mulher de Chérif Kouachi, Izzana Hamyd, está detida desde quarta-feira, enquanto que a companheira de Coulibaly se converteu na mulher mais procurada da França.

Segundo a procuradoria, Izzana Hamyd fez mais de 500 ligações telefônicas em 2014 para a mulher de Coulibaly, Hayatt Boumedienne.

Coulibaly, cujos pais eram de origem malinense, justificou sua ação ante seus reféns ao aludir à intervenção militar francesa no Mali, e aos bombardeios ocidentais na Síria, em uma conversa gravada pela rádio francesa RTL.

Além disso, o terrorista, reincidente, ligou durante a tomada de reféns para outras pessoas convocando-as a realizar mais atentados na capital, segundo informou uma fonte da segurança.

Por sua parte, os irmãos Kouachi, franceses de origem argelina, estavam incluídos na "No Fly List" americana, que proíbe aqueles que a integram de voar para ou dos Estados Unidos.

Antes de morrer, um dos irmãos jihadistas, Chérif Koucahi, disse ao canal BMFTV ter sido enviado pela Al-Qaeda do Iêmen e que sua viagem ao país árabe foi custeada pelo islamita americano-iemenita Anwar al-Awlaki, morto naquele país, em setembro de 2011, no bombardeio de um "drone" americano.

Ele afirmou, ainda, que sua missão era agir na França por conta da Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), braço da Al-Qaeda na Arábia Saudita e no Iêmen, que assumiu a operação.

Ao final de três dias de tensão e angústia, a França, cujo governo reconheceu falhas na segurança, se prepara agora para realizar uma gigantesca manifestação em memória das vítimas dos terroristas e que reunirá vários dirigentes estrangeiros.

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Procurada pelo suposto envolvimento na troca de tiros praticada por seu marido, Amédy Coulibaly, em Montrouge (sul de Paris), no qual uma policial foi morta, e pela suspeita de ajuda na tomada de reféns no mercado kasher (que deixou quatro mortos), Boumeddiene, muito provavelmente, já estava na Turquia no momento dos fatos, informou a fonte.

Os investigadores buscam verificar se, após viajar para a Turquia, ela passou pela Síria.

A polícia tinha difundido uma foto da jovem de 26 anos e advertiu, na ordem de captura emitida contra ela, que pode "estar armada" e ser "perigosa", antes de revelada sua provável fuga para o exterior.

De cabelos pretos e longos e rosto infantil, Boumeddiene é muito religiosa e usa o véu integral, o que a obrigou a renunciar ao emprego de caixa, segundo a imprensa francesa.

Filha de um entregador, faz parte de uma família de sete irmãos. Ela se casou no religioso com Coulibaly em 2009. Sua mãe morreu em 1994, segundo a mesma fonte.

Em uma foto que circula pelas redes sociais, ela aparece usando um véu islâmico negro integral, que só deixa à mostra os olhos, e segurando uma balestra, um tipo de arma que dispara flechas.

A mulher mais procurada da França

As forças de segurança francesas buscavam Hayat Boumeddiene freneticamente neste sábado. A polícia voltou neste sábado ao mercado que foi cenário da tragédia para tentar recolher mais pistas que possam sugerir o paradeiro da jihadista.

Tanto Coulibaly como sua companheira mantinham vínculos constantes com os irmãos Said e Chérif Kouachi, responsáveis pela matança na sede parisiense da revista Charlie Hebdo.

Os dois foram mortos na localidade de Dammartin-en-Goële, nordeste de Paris, quase ao mesmo tempo que Coulibaly.

A mulher de Chérif Kouachi, Izzana Hamyd, está detida desde quarta-feira, enquanto que a companheira de Coulibaly se converteu na mulher mais procurada da França.

Segundo a procuradoria, Izzana Hamyd fez mais de 500 ligações telefônicas em 2014 para a mulher de Coulibaly, Hayatt Boumedienne.

Coulibaly, cujos pais eram de origem malinense, justificou sua ação ante seus reféns ao aludir à intervenção militar francesa no Mali, e aos bombardeios ocidentais na Síria, em uma conversa gravada pela rádio francesa RTL.

Além disso, o terrorista, reincidente, ligou durante a tomada de reféns para outras pessoas convocando-as a realizar mais atentados na capital, segundo informou uma fonte da segurança.

Por sua parte, os irmãos Kouachi, franceses de origem argelina, estavam incluídos na "No Fly List" americana, que proíbe aqueles que a integram de voar para ou dos Estados Unidos.

Antes de morrer, um dos irmãos jihadistas, Chérif Koucahi, disse ao canal BMFTV ter sido enviado pela Al-Qaeda do Iêmen e que sua viagem ao país árabe foi custeada pelo islamita americano-iemenita Anwar al-Awlaki, morto naquele país, em setembro de 2011, no bombardeio de um "drone" americano.

Ele afirmou, ainda, que sua missão era agir na França por conta da Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), braço da Al-Qaeda na Arábia Saudita e no Iêmen, que assumiu a operação.

Ao final de três dias de tensão e angústia, a França, cujo governo reconheceu falhas na segurança, se prepara agora para realizar uma gigantesca manifestação em memória das vítimas dos terroristas e que reunirá vários dirigentes estrangeiros.

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