Moscou critica EUA por prisão de suposto hacker russo
A polícia checa informou que prendeu, com a ajuda do FBI, um cidadão russo suspeito de "ter realizado ciberataques contra certos alvos americanos"
AFP
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 17h47.
Moscou acusou, nesta quinta-feira, Washington de perseguir seus cidadãos e afirmou que vai se opor à extradição de um homem russo detido em Praga, suspeito de ser o autor de ataques informáticos nos Estados Unidos .
A polícia checa informou na quarta-feira que prendeu, com a ajuda do FBI, um cidadão russo suspeito de "ter realizado ciberataques contra certos alvos americanos".
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo , Maria Zajarova, disse a jornalistas que a prisão constitui "o exemplo mais recente de como as autoridades americanas perseguem cidadãos russos no mundo todo".
Zajarova confirmou as informações dos meios russos de que o suspeito se chama Yevgeny Nikulin.
Disse, ainda, que "o Ministério de Relações Exteriores russo e a embaixada em Praga estão trabalhando ativamente com as autoridades checas para impedir a extradição deste cidadão russo para os Estados Unidos".
Recentemente, os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter organizado ciberataques para influenciar na sua campanha presidencial.
A campanha da candidata presidencial americana Hillary Clinton afirma que o país está por trás de um vazamento constrangedor de e-mails do Comitê Nacional Democrata.
Segundo Washington, a Rússia quer favorecer o candidato republicano Donald Trump, que já elogiou o presidente russo, Vladimir Putin, e defendeu o estabelecimento de melhores relações com Moscou.
No domingo, Putin rejeitou estas acusações e afirmou que Washington utiliza a Rússia para "desviar a atenção dos eleitores dos seus problemas".
As relações entre os Estados Unidos e a Rússia são tensas devido à incapacidade de ambos os países para encontrar soluções para os conflitos sírio e ucraniano.
A polícia checa não informou se a prisão está relacionada com estas acusações, e a Casa Branca disse que não podia das mais detalhes porque há uma investigação em curso.