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Morre ex-presidente turco Kenan Evren, líder do golpe em 80

Evren foi presidente da Turquia entre 1980 e 1989, período no qual tortura aos presos eram frequentes e 7 mil pessoas foram executadas

Kenan Evren, ex-presidente da Turquia entre 1980 e 1989 (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2015 às 20h05.

Ankara - O ex-presidente turco e líder da Junta Militar que tomou o poder no país em 12 de setembro de 1980, Kenan Evren, morreu aos 98 anos neste sábado em um hospital de Ancara, segundo a imprensa local.

Nascido em 1917, Evren foi presidente da Turquia entre 1980 e 1989. Apesar da elaboração de uma nova Constituição em 1982 e da formação de um governo civil em 1983, Evren permaneceu no cargo por nove anos.

Em 18 de junho de 2014, um tribunal turco o condenou à prisão perpétua por liderar o golpe militar de 1980. Já hospitalizado, Evran acompanhou o julgamento por videoconferência. Além disso, foi rebaixado de general para soldado como forma de punição.

O golpe militar na Turquia foi um dos mais sangrentos da história recente. Mais de 650 mil pessoas foram detidas, com 1,6 milhão de cidadãos sendo registrados como criminosos potenciais.

As torturas aos presos eram frequentes. Mais de 7 mil pessoas foram executadas, 517 condenadas à prisão perpétua e 50 à pena capital, incluindo um menino de 16 anos, conforme a edição digital do jornal "Daily Sabah".

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Ankara - O ex-presidente turco e líder da Junta Militar que tomou o poder no país em 12 de setembro de 1980, Kenan Evren, morreu aos 98 anos neste sábado em um hospital de Ancara, segundo a imprensa local.

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Em 18 de junho de 2014, um tribunal turco o condenou à prisão perpétua por liderar o golpe militar de 1980. Já hospitalizado, Evran acompanhou o julgamento por videoconferência. Além disso, foi rebaixado de general para soldado como forma de punição.

O golpe militar na Turquia foi um dos mais sangrentos da história recente. Mais de 650 mil pessoas foram detidas, com 1,6 milhão de cidadãos sendo registrados como criminosos potenciais.

As torturas aos presos eram frequentes. Mais de 7 mil pessoas foram executadas, 517 condenadas à prisão perpétua e 50 à pena capital, incluindo um menino de 16 anos, conforme a edição digital do jornal "Daily Sabah".

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