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Mitt Romney, um milionário que busca 'fechar o negócio'

Na "Super Terça", quando 10 estados elegeram seu favorito para a indicação republicana, Romney venceu na Virgínia, Vermont, Massachusetts, Idaho, Alasca e Ohio

Mitt Romney em campanha: o multimilionário afirma que "sabe como a economia funciona" (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 07h25.

Washington - O grande investimento feito por Mitt Romney na busca pela indicação republicana o ajudou a se apresentar como o vencedor inevitável, mas o ex-governador de Massachussets também protagonizou vários erros que abalaram sua imagem.

O multimilionário de mandíbula quadrada, sempre impecavelmente penteado, é um homem de negócios bem-sucedido, embora polêmico, que afirma que "sabe como a economia funciona".

Mas também fez comentários mal recebidos pelos eleitores americanos, como, por exemplo, quando mencionou que gosta "despedir pessoas" ou que sua esposa dirige "um par de Cadillacs".

Estas observações o apresentaram como alguém que está fora do alcance dos eleitores e fora da realidade, segundo seus críticos.

Na "Super Terça", quando 10 estados elegeram seu favorito para a indicação republicana, Romney venceu na Virgínia, Vermont, Massachusetts, Idaho, Alasca e Ohio - a cereja do bolo -, o que reforçou seu argumento de que é o único capaz de derrotar o presidente Barack Obama em novembro.

Mas seus opositores conquistaram Geórgia, Tennessee, Oklahoma e Dakota do Norte e prometeram seguir brigando pela indicação do partido na convenção em agosto.

Sua crença na igreja mórmon e o fato de ter sido governador de um estado progressista como Massachussetts foram dois dos aspectos de sua biografia que levantaram as primeiras dúvidas entre o setor mais conservador do eleitorado republicano dos Estados Unidos.

Entre as suspeitas despertadas por este homem de 64 anos, pai de cinco filhos, avô de 15 netos e casado há 42 anos com Anne, destacam-se as múltiplas vezes que mudou de posição diante de temas polêmicos como o aborto, as reformas do sistema de saúde e a imigração.

Mas nas últimas semanas mostrou um espírito de luta que muitos republicanos pensavam que faltava a ele.


Perdeu a Carolina do Sul para o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, mas se recuperou para conquistar importantes estados como Flórida, Nevada, Arizona e Michigan.

Mitt Romney é o quarto filho de George Romney, um homem de negócios mórmon que se tornou governador de Michigan (norte), depois ministro, e competiu sem sucesso em 1968 pela indicação republicana.

Formado em Harvard, Romney fez sua fortuna à frente do fundo de investimento Bain Capital e ingressou na política tardiamente.

Foi governador de Massachusetts (nordeste) de 2003 a 2007, mas sofreu dois grandes fracassos: em 1994 se apresentou como candidato ao Senado, mas foi derrotado por Ted Kennedy, irmão do ex-presidente assassinado John F. Kennedy. E, em 2008, perdeu a indicação republicana, que ficou nas mãos de John McCain.

Mas é difícil superar a tenacidade deste mórmon.

Quando viajou à França como missionário de sua igreja, em 1966, dedicou-se durante 30 meses a ler a Bíblia, estudar francês e ir de casa em casa captando fiéis. Romney não se importava que os franceses fechassem a porta aos missionários americanos. Aprendeu a ser perseverante.

Quatro décadas mais tarde são os eleitores republicanos que precisa convencer. Seus adversários conservadores o acusaram de ter criado em Massachusetts um sistema de seguro saúde que parece irmão do implementado em 2009 por Barack Obama em nível nacional.

Romney se defende explicando que o que serve em um estado não serve em todo o país e que sua primeira decisão como presidente será abolir a reforma de saúde de Obama.

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Washington - O grande investimento feito por Mitt Romney na busca pela indicação republicana o ajudou a se apresentar como o vencedor inevitável, mas o ex-governador de Massachussets também protagonizou vários erros que abalaram sua imagem.

O multimilionário de mandíbula quadrada, sempre impecavelmente penteado, é um homem de negócios bem-sucedido, embora polêmico, que afirma que "sabe como a economia funciona".

Mas também fez comentários mal recebidos pelos eleitores americanos, como, por exemplo, quando mencionou que gosta "despedir pessoas" ou que sua esposa dirige "um par de Cadillacs".

Estas observações o apresentaram como alguém que está fora do alcance dos eleitores e fora da realidade, segundo seus críticos.

Na "Super Terça", quando 10 estados elegeram seu favorito para a indicação republicana, Romney venceu na Virgínia, Vermont, Massachusetts, Idaho, Alasca e Ohio - a cereja do bolo -, o que reforçou seu argumento de que é o único capaz de derrotar o presidente Barack Obama em novembro.

Mas seus opositores conquistaram Geórgia, Tennessee, Oklahoma e Dakota do Norte e prometeram seguir brigando pela indicação do partido na convenção em agosto.

Sua crença na igreja mórmon e o fato de ter sido governador de um estado progressista como Massachussetts foram dois dos aspectos de sua biografia que levantaram as primeiras dúvidas entre o setor mais conservador do eleitorado republicano dos Estados Unidos.

Entre as suspeitas despertadas por este homem de 64 anos, pai de cinco filhos, avô de 15 netos e casado há 42 anos com Anne, destacam-se as múltiplas vezes que mudou de posição diante de temas polêmicos como o aborto, as reformas do sistema de saúde e a imigração.

Mas nas últimas semanas mostrou um espírito de luta que muitos republicanos pensavam que faltava a ele.


Perdeu a Carolina do Sul para o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, mas se recuperou para conquistar importantes estados como Flórida, Nevada, Arizona e Michigan.

Mitt Romney é o quarto filho de George Romney, um homem de negócios mórmon que se tornou governador de Michigan (norte), depois ministro, e competiu sem sucesso em 1968 pela indicação republicana.

Formado em Harvard, Romney fez sua fortuna à frente do fundo de investimento Bain Capital e ingressou na política tardiamente.

Foi governador de Massachusetts (nordeste) de 2003 a 2007, mas sofreu dois grandes fracassos: em 1994 se apresentou como candidato ao Senado, mas foi derrotado por Ted Kennedy, irmão do ex-presidente assassinado John F. Kennedy. E, em 2008, perdeu a indicação republicana, que ficou nas mãos de John McCain.

Mas é difícil superar a tenacidade deste mórmon.

Quando viajou à França como missionário de sua igreja, em 1966, dedicou-se durante 30 meses a ler a Bíblia, estudar francês e ir de casa em casa captando fiéis. Romney não se importava que os franceses fechassem a porta aos missionários americanos. Aprendeu a ser perseverante.

Quatro décadas mais tarde são os eleitores republicanos que precisa convencer. Seus adversários conservadores o acusaram de ter criado em Massachusetts um sistema de seguro saúde que parece irmão do implementado em 2009 por Barack Obama em nível nacional.

Romney se defende explicando que o que serve em um estado não serve em todo o país e que sua primeira decisão como presidente será abolir a reforma de saúde de Obama.

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