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Ministro da Defesa da Coreia do Sul apresenta demissão após aplicação da lei marcial

Kim Yong-hyun pediu desculpas aos sul-coreanos e disse que todas as responsabilidades sobre as atitudes dos militares que atenderam a ordem recai sobre ele

O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, ofereceu sua renúncia em 4 de dezembro de 2024 devido à turbulência causada pela breve imposição da lei marcial por seu aliado próximo, o Presidente Yoon Suk Yeol (SAUL LOEB/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 08h01.

Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 08h05.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou nesta quarta-feira, 4, sua demissão e pediu desculpas aos sul-coreanos "por causar confusão e preocupação" com a aplicação da lei marcial, medida que também fez com que se tornasse alvo de um pedido de impeachment por parte da oposição.

Kim colocou seu cargo à disposição do presidente sul-coreano,Yoon Suk-yeol, e expressou sua intenção de “assumir a responsabilidade por todos os assuntos relacionados com a lei marcial”, em um comunicado publicado pelo Estado-Maior Conjunto sul-coreano (JCS).

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“Todos os soldados que cumpriram os seus deveres relacionados com a lei marcial seguiram as instruções do Ministério, e toda a responsabilidade recai sobre mim”, declarou Kim.

Entenda o que é lei marcial, medida anunciada pelo presidente da Coreia do Sul

A lei marcial “foi revogada e a população regressou às suas vidas cotidianas, mas a situação política e de segurança interna não são fáceis”, acrescentou o ministro, que salientou que fará “todos os esforços para garantir que não haja perturbações nas operações de defesa nacionais".

Kim teria sido uma das autoridades de Defesa que sugeriu que Yoon recorresse à lei marcial para lidar com a complexa situação política que seu governo minoritário enfrentava, segundo a imprensa local.

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Yoon anunciou a imposição da lei marcial em um pronunciamento televisivo antes da meia-noite de quarta-feira para proteger a "ordem constitucional" de “atividades anti-estatais", pelas quais acusou diretamente o principal bloco da oposição, o Partido Democrata (PD).

No entanto, a oposição, que controla a Assembleia Nacional, apresentou uma moção para revogar a lei marcial cerca de seis horas depois de esta ter sido declarada por Yoon, forçando o Executivo a retirar a medida, e após as tropas sul-coreanas terem tentado ocupar o Parlamento, protagonizando embates com políticos, funcionários e jornalistas.

Posteriormente, os seis partidos da oposição apresentaram nesta quarta-feira uma moção parlamentar para destituir Yoon, enquanto o PD entrou com outra iniciativa semelhante contra o ministro da Defesa.

As forças da oposição consideram ambos responsáveis ​​pela violação da Constituição por terem aplicado a lei marcial sem razões suficientes.

Reaçôes à lei marcial

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