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Militares venezuelanos advertem que não aceitarão golpe

Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) disse que "jamais" aceitará um governo que surja à margem de eleições e da Constituição

Leopoldo Lopez, líder da oposição venezuelana, entra em um veículo blindado da Guarda Nacional em Caracas (Jorge Silva/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h06.

Caracas - A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela disse nesta terça-feira que "jamais" aceitará um governo que surja à margem de eleições e da Constituição, no momento em que o presidente, Nicolás Maduro , denuncia um plano golpista contra si.

"Jamais, ouçam bem, aceitaremos um governo que não surja pela via constitucional. Juntos iremos adiante nesta conjuntura que pretende ser uma emboscada para a qual gostariam de nos levar os inimigos da pátria", disse a FANB em comunicado lido na televisão pela ministra da Defesa, almirante Carmen Meléndez.

Em um discurso que informou sobre atividades militares de rotina, a almirante disse que "aproveitava a presença" dos integrantes do alto comando militar nacional sentados a seu lado para fazer o comunicado.

"Nosso presidente constitucional e comandante-em-chefe, Nicolás Maduro, o povo e a FANB estamos trabalhando unidos, mais que nunca, e não permitiremos um cenário semelhante a 11 de abril de 2002", ressaltou o comunicado em alusão ao golpe de Estado que derrubou durante dois dias o presidente de então, Hugo Chávez.

O texto militar, cuja leitura foi saudada com o lema "Chávez vive" entoado pelos membros do alto comando, ressalta o "total apego" da FANB à Constituição e às leis, "as que de nenhuma maneira contemplam a tomada do poder político por outra via que não se a expressão do soberano pela via eleitoral".

"Neste sentido - prossegue - rejeitamos contundentemente as ações que violam a lei por parte de um setor apoiado de forma comprovada do exterior" que apelaram para a violência de forma "notória", apesar de "alguns de seus líderes se referirem a protestos pacíficos".

Trata-se, sustenta o comunicado militar, de gente "totalmente à margem da ordem e do respeito à dor alheia" que deixou "pessoas mortas, feridas e destroços" a bens públicos e privados, em alusão a incidentes que deixaram três mortos e 50 feridos em Caracas na quarta-feira passada.

"Rejeitamos todas estas ações que geraram um clima de violência indesejado e pelas quais nos vimos obrigados a usar parte da força legítima do Estado", conclui o comunicado da FANB.

Na quarta-feira passada uma manifestação pacífica de estudantes e opositores acabou com três mortos em incidentes que deixaram além disso dezenas de feridos e detidos em todo o país.

Desde então, todos os dias foram se repetindo as passeatas na Venezuela contra o governo de Nicolás Maduro em reivindicando a libertação dos detidos e justiça para encontrar os responsáveis pelas mortes.

No caso de Caracas, as manifestações terminaram em atos de vandalismo no leste da cidade pelos quais tanto o governo quanto a oposição culparam grupos infiltrados do outro lado.

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Caracas - A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela disse nesta terça-feira que "jamais" aceitará um governo que surja à margem de eleições e da Constituição, no momento em que o presidente, Nicolás Maduro , denuncia um plano golpista contra si.

"Jamais, ouçam bem, aceitaremos um governo que não surja pela via constitucional. Juntos iremos adiante nesta conjuntura que pretende ser uma emboscada para a qual gostariam de nos levar os inimigos da pátria", disse a FANB em comunicado lido na televisão pela ministra da Defesa, almirante Carmen Meléndez.

Em um discurso que informou sobre atividades militares de rotina, a almirante disse que "aproveitava a presença" dos integrantes do alto comando militar nacional sentados a seu lado para fazer o comunicado.

"Nosso presidente constitucional e comandante-em-chefe, Nicolás Maduro, o povo e a FANB estamos trabalhando unidos, mais que nunca, e não permitiremos um cenário semelhante a 11 de abril de 2002", ressaltou o comunicado em alusão ao golpe de Estado que derrubou durante dois dias o presidente de então, Hugo Chávez.

O texto militar, cuja leitura foi saudada com o lema "Chávez vive" entoado pelos membros do alto comando, ressalta o "total apego" da FANB à Constituição e às leis, "as que de nenhuma maneira contemplam a tomada do poder político por outra via que não se a expressão do soberano pela via eleitoral".

"Neste sentido - prossegue - rejeitamos contundentemente as ações que violam a lei por parte de um setor apoiado de forma comprovada do exterior" que apelaram para a violência de forma "notória", apesar de "alguns de seus líderes se referirem a protestos pacíficos".

Trata-se, sustenta o comunicado militar, de gente "totalmente à margem da ordem e do respeito à dor alheia" que deixou "pessoas mortas, feridas e destroços" a bens públicos e privados, em alusão a incidentes que deixaram três mortos e 50 feridos em Caracas na quarta-feira passada.

"Rejeitamos todas estas ações que geraram um clima de violência indesejado e pelas quais nos vimos obrigados a usar parte da força legítima do Estado", conclui o comunicado da FANB.

Na quarta-feira passada uma manifestação pacífica de estudantes e opositores acabou com três mortos em incidentes que deixaram além disso dezenas de feridos e detidos em todo o país.

Desde então, todos os dias foram se repetindo as passeatas na Venezuela contra o governo de Nicolás Maduro em reivindicando a libertação dos detidos e justiça para encontrar os responsáveis pelas mortes.

No caso de Caracas, as manifestações terminaram em atos de vandalismo no leste da cidade pelos quais tanto o governo quanto a oposição culparam grupos infiltrados do outro lado.

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