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Milícias curdas tomam controle de ruínas de palácio do século XII

Durante as operações, as Forças da Síria Democrática (FSD) disseram que mataram 34 jihadistas e perderam sete combatentes

FSD: a aliança cruzou os muros que separam a parte antiga do restante da cidade (REUTERS/Goran Tomasevic/Reuters)

FSD: a aliança cruzou os muros que separam a parte antiga do restante da cidade (REUTERS/Goran Tomasevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de julho de 2017 às 09h04.

Beirute - As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas, tomaram nesta terça-feira o controle do local conhecido como Qasr al Banat (Palácio das Meninas), as ruínas de um palácio do século XII, no centro antigo da cidade de Al Raqqa.

As FSD informaram através da rede Telegram que obtiveram este avanço após cruzarem os muros que separam a parte antiga do restante da cidade.

Durante as operações, as FSD afirmaram que mataram 34 jihadistas e perderam sete combatentes.

Anteriormente, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) tinha anunciado que as FSD, que contam com apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, tinham entrado na parte antiga da população, após romper a primeira linha de defesa dos extremistas nos muros.

Em um comunicado, a coalizão explicou que as FSD avançaram pela "porção mais fortificada de Al Raqqa" abrindo duas pequenas brechas no muro de Rafiqah, que cerca a parte antiga, com ataques de precisão.

Graças a esta estratégia, as FSD conseguiram evitar as minas e artefatos colocados pelo EI em aberturas que já existiam no muro, segundo a nota.

Se tivessem utilizado essas aberturas, "os combatentes das FSD seriam canalizados por essas localizações e ficariam extremadamente vulneráveis, ao serem alvo de carros-bomba e fogo direto e indireto de armas pesadas, granadas e franco-atiradores", diz o texto.

Com esta tática, a coalizão indicou que as vidas de civis estão sendo preservadas, assim como a integridade da maior parte do muro.

O porta-voz da aliança, coronel Ryan Dillon, destacou que, "ao contrário do EI, que destruiu deliberadamente as ruínas de Palmira e a mesquita de Al Nuri (em Mossul, no Iraque), e que utiliza lugares como o muro de Rafiqah, hospitais, escolas e mesquitas como instalações para armazenar armas e posições de combates, as forças da coalizão fazem um grande esforço para proteger os civis".

O coronel Dillon indicou que as forças da coalizão estão tentando preservar "esses lugares para as gerações futuras".

Desde 6 de junho, as FSD e a coalizão desenvolvem uma ofensiva contra a cidade de Al Raqqa, considerada a capital do califado autoproclamado pelo EI em 2014.

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