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Milhares de refugiados sírios no Líbano retornam à Síria

Funcionário dos serviços de segurança libaneses indicou que mais de 1.500 refugiados sírios partiram rumo ao país de origem

Refugiados sírios na traseira de uma picape passando pelo vale libanês de Bekaa, após deixar a cidade de Arsal rumo à Síria (Joseph Eid/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 16h01.

Labwe - Pelo menos 1.700 sírios refugiados na cidade libanesa de Aarsal, palco de violentos combates entre o exército e os jihadistas, retornaram nesta quinta-feira a seu país, informou à AFP uma religiosa envolvida nesta operação.

Um funcionário dos serviços de segurança libaneses indicou por sua vez que mais de 1.500 refugiados sírios que estavam Aarsal, na fronteira com a Síria , partiram em direção ao posto de fronteira de Masnaa para voltar para casa.

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Trata-se do maior deslocamento de refugiados sírios de volta a seu país de origem desde o início da crise, em março de 2011.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicou à AFP estar presente na fronteira para ajudar esses refugiados que "optaram por partir voluntariamente."

Na aldeia de Labwe, na fronteira com Aarsal, um correspondente da AFP viu homens, mulheres e crianças com seus colchões e seus pertences a bordo de trinta caminhões e quinze ônibus se dirigindo para a fronteira.

Cerca de 47.000 sírios se refugiaram por meses na cidade sunita de Aarsal, depois de fugir dos combates entre o regime sírio e os rebeldes na região síria de Qalamoun, do outro lado da fronteira.

No último sábado, confrontos mortais entre o exército libanês e grupos jihadistas da Síria foram registrados na região.

Pelo menos "1.700 homens, mulheres e crianças deixaram a região de Aarsal para a Síria", afirmou à AFP a irmã Agnes, uma freira síria.

"Eles são quase todos originários de Qalamoun, principalmente de Qara", informou a freira.

Agnès, envolvido no passado em mediações entre o regime e os rebeldes, disse que "as autoridades libanesas têm facilitado as formalidades de saída para os refugiados" que entraram no país ilegalmente.

Da mesma forma, o regime de Damasco "não impôs nenhum obstáculo ao retorno" dos sírios.

Segundo ela, pelo menos 3.000 outros refugiados em Aarsal pediram para voltar para a Síria.

De acordo com a irmã Agnes, milhares de pessoas já haviam procurado ajuda há um mês para retornar para casa, mas "os procedimentos foram complicados, devido à presença de jovens que não fizeram seu serviço militar."

Mas os combates em Aarsal "precipitaram as coisas", permitindo a regularização dos documentos.

Pelo menos 17 soldados e dezenas de jihadistas e civis morreram nos combates em Aarsal.

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