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Milhares de ativistas participam de marcha em Hong Kong

A marcha foi a mais recente em uma série de confrontos entre ativistas pró-democracia e forças pró-establishment sobre a extensão das reformas democráticas

Hong Kong: manifestantes levavam sinais pedindo mais desobediência civil e aplaudindo estudantes que planejavam boicotar as aulas (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2014 às 10h38.

Hong Kong - Milhares de ativistas pró-democracia vestidos de preto marcharam silenciosamente por Hong Kong neste domingo, segurando faixas dizendo que se sentiam com raiva e traídos devido à recusa de Pequim de permitir eleições totalmente democráticas para o próximo chefe executivo da cidade em 2017.

Os manifestantes, que carregavam enormes fitas pretas de pano pelas ruas, também levavam sinais pedindo mais desobediência civil e aplaudindo estudantes que planejavam boicotar as aulas.

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As mensagens "Ocupar a Área Central com Amor e Paz!" e "Apoie os estudantes boicotando aulas!" podiam ser lidas em alguns dos cartazes. "Pequim violou a nossa confiança! Sufrágio universal não tem esperança!", dizia outro. Dezenas de manifestantes pró-establishment se reuniram perto do local agitando bandeiras e xingando os estudantes e os ativistas pró-democracia.

"Os estudantes deviam se focar em estudar!" gritou Pok Chun-chung, organizador do movimento pró-establishment chamado "Proteja Hong Kong". "Se vocês adultos têm coragem vocês deveriam ocupar a área central vocês mesmos, não usem as crianças como bala de canhão!" O protesto permaneceu pacífico e a polícia ficou por perto. Os organizadores estimam a presença de 4 mil manifestantes no auge do protesto. A polícia estima 1.860.

A marcha de domingo foi a mais recente em uma série de confrontos entre ativistas pró-democracia e forças pró-establishment sobre a extensão das reformas democráticas que Hong Kong pode promover.

Ex-colônia britânica, Hong Kong foi devolvida para o domínio dos chineses comunistas em 1997 sob a forma de governo "um país, dois sistemas". Foi dado ao país uma vasta autonomia, incluindo a promessa sem data de sufrágio universal. Neste verão, Pequim deixou claro que não permitirá eleições totalmente democráticas. Ativistas pró-democracia dizem que a decisão da China de controlar firmemente quem pode ser candidato para 2017 significa que Hong Kong pode acabar tendo uma "falsa" democracia.

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