Marcação cerrada de Hillary
Primeiro ele, depois ela. Pelo menos na agenda de campanha. Dois dias depois de Donald Trump visitar Detroit e anunciar um plano econômico sob medida para os eleitores republicanos tradicionais, hoje é o dia de a democrata Hillary Clinton visitar o estado de Michigan. É um reduto democrata desde os anos 90, e ela, claro, […]
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2016 às 22h47.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h19.
Primeiro ele, depois ela. Pelo menos na agenda de campanha. Dois dias depois de Donald Trump visitar Detroit e anunciar um plano econômico sob medida para os eleitores republicanos tradicionais, hoje é o dia de a democrata Hillary Clinton visitar o estado de Michigan. É um reduto democrata desde os anos 90, e ela, claro, não está disposta a perdê-lo.
Hillary deve focar seu discurso nos mesmos tópicos do adversário: economia e ataques ao adversário. Na semana passada, Trump viu sua campanha perder fôlego após criticar a família de um herói de guerra. Agora, com um conjunto de propostas apresentadas em Detroit, como a retomada de um antigo projeto de prospecção de petróleo, cortes de impostos e redução de regulações federais, quer mostrar que pode ir além do populismo barato.
Na teoria, Hillary fica mais à vontade que o oponente ao discutir pautas econômicas, mas a audiência de hoje deve ser especialmente refratária. O estado, e Detroit em especial, está entre os grandes perdedores da globalização, que levou empregos das montadoras para bem longe dos grandes lagos.
Nas últimas duas semanas, as pesquisas acentuaram as diferenças e apresentam cada vez mais Hillary à frente, com uma média de 9 pontos percentuais. Ela chega a Michigan hoje apoiada cada vez mais por outros republicanos. Até um ex-governador republicano do estado, William Milliken, disse que apoia a candidata em detrimento do indicado de seu próprio partido. Trump vem perdendo fôlego e tentou uma guinada, a começar por Detroit. Hillary, com a visita de hoje, mostra que a marcação daqui pra frente vai ser cerrada até novembro. Salvo nova reviravolta, ela será a próxima presidente dos Estados Unidos.