Merkel lamenta; Reino Unido rebaixado…
Líderes lamentam A chanceler alemã Angela Merkel recebeu nesta segunda-feira em Berlim o presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi para discutir as consequências do Brexit, a saída britânica da União Europeia. Responsáveis pelas três maiores economias remanescentes no bloco, os líderes disseram lamentar a decisão do Reino Unido. Merkel chamou o […]
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 18h49.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.
Líderes lamentam
A chanceler alemã Angela Merkel recebeu nesta segunda-feira em Berlim o presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi para discutir as consequências do Brexit, a saída britânica da União Europeia. Responsáveis pelas três maiores economias remanescentes no bloco, os líderes disseram lamentar a decisão do Reino Unido. Merkel chamou o episódio de “doloroso”, mas reiterou que “não pode haver nenhuma conversa formal ou informal” com os britânicos antes que o governo do país notifique oficialmente a UE sobre sua saída, conforme manda o artigo 50 do tratado que regula o bloco.
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Cameron: ainda não
Apesar da pressão crescente das lideranças europeias para o início do processo de retirada britânico, o ainda primeiro-ministro do país, David Cameron, disse nesta segunda-feira em discurso no Parlamento que o Reino Unido ainda não está preparado para tal. Cameron – cuja renúncia está prevista para outubro – afirmou que caberá a seu sucessor invocar o artigo 50 e que, antes de iniciar oficialmente as negociações com a União Europeia, o Reino Unido precisa “determinar que tipo de relação” quer ter com o bloco.
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Kerry: “irrompíveis”
O secretário de Estado americano John Kerry desembarcou nesta segunda-feira no Reino Unido, se tornando o primeiro líder mundial a visitar o país depois de anunciado o Brexit. Kerry afirmou que os laços entre os Estados Unidos e os britânicos são “irrompíveis” e que a relação entre os países é mais importante do que nunca neste momento – ainda que o governo americano tenha declarado ser contra o Brexit. Mais cedo, Kerry também visitou Bruxelas e se encontrou com Federica Mogherini, chefe da política externa do bloco.
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Osborne: preparados
Três dias após a votação do Brexit, o ministro das finanças britânico George Osborne se pronunciou pela primeira vez. Em nota, afirmou que a economia britânica “está preparada” para lidar com a instabilidade do atual momento, e que há estratégias preparadas há meses para tal. Horas mais tarde, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s retirou do Reino Unido a nota máxima de sua escala, “AAA”, e a rebaixou para “AA”, afirmando que o Brexit foi um “evento fundamental” que pode afetar a estabilidade econômica do país.
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Agência de risco dos Brics?
Os países participantes dos Brics vêm “discutindo ativamente” a criação de uma nova agência de classificação de risco, de acordo com o presidente do conselho e diretor administrativo do Eximbank da Índia, Yaduvendra Mathur. O objetivo seria reduzir os altos custos dos empréstimos, resultados de avaliações negativas das principais agências mundias, como S&P Global Ratings, Fitch Ratings e Moody’s Investors Service. O maior desafio da empreitada seria convencer credores americanos e europeus de que as notas não possuem participação do governo.
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Uma coalizão na Espanha?
Após garantir 137 cadeiras nas eleições parlamentares deste domingo 26, o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy declarou que seu partido, o conservador PP, finalmente terá base suficiente para assegurar sua reeleição. O social-democrata PSOE – partido de centro-esquerda e segundo colocado nas eleições – deve apoiar o governo do PP, diante das divergências ideológicas com a frente de esquerda Unidos Podemos, terceiro colocado no domingo. Segundo Rajoy, um acordo deve ser anunciado dentro de um mês. Em meio à incerteza do Brexit, o IBEX 35, índice de referência da bolsa espanhola, subiu 3,4%.
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União democrata
Enquanto Donald Trump perde terreno nas pesquisas e os republicanos não chegam a um acordo para apoiá-lo de forma efusiva, os democratas deram uma de suas maiores demonstrações de unidade nesta segunda-feira. Um dos nomes cogitados à vice na chapa de Hillary Clinton, a senadora de Massachusetts Elizabeth Warren subiu pela primeira vez no palanque ao lado da ex-secretária de Estado e disse que “está com ela”. Em discurso no estado de Ohio, Warren e Clinton criticaram Trump e afirmaram que o republicano não pensa em “ninguém além dele próprio”.