Merkel e social-democratas chegam a um acordo na Alemanha
Agora, os grupos analisam na sede do Partido Social-Democrata da Alemanha o longo documento de consenso antes de dar sua autorização definitiva
EFE
Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 06h32.
Última atualização em 12 de janeiro de 2018 às 08h06.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel , e o líder social-democrata, Martin Schulz, chegaram nesta sexta-feira a um princípio de acordo para uma futura grande coalizão após mais de 24 horas de reuniões das equipes negociadores, segundo informam as publicações "Der Spiegel" e "Bild".
Agora os grupos analisam na sede do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD, sigla em alemão) o longo documento de consenso antes de dar sua autorização definitiva, após superar múltiplas discrepâncias em questões como a política fiscal e migratória.
A discrição sobre o acordo estava sendo mantida desde o último domingo, quando começou a rodada de reuniões de "sondagem" para um pré-acordo que deverá ser validado pelos social-democratas em um congresso extraordinário, antes que se realizem as negociações formais para constituir um governo.
As reuniões começaram há três meses e meio após as eleições e o fracasso da primeira tentativa de Merkel de formar governo com liberais e verdes.
Ao começar a reunião, tanto Angela Merkel como Schulz reconheceram que existiam ainda "grandes empecilhos", mas se mostraram dispostos a negociar até o final um pré-acordo que sirva de base para formar uma nova grande coalizão.
Somente essa fórmula daria a Merkel o governo estável que deseja e tanto ela como Schulz se concentraram em evitar a repetição das eleições, conscientes que seu destino politico depende em boa medida disso.
Nem um nem outro podem desejar novas eleições, já que, segundo a maioria das pesquisas, suas formações perderiam apoio e poderia sair beneficiada a ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD, sigla em alemão).
Se o pré-acordo de hoje for aprovado no congresso extraordinário que o SPD convocou para o dia 21, começarão as negociações formais para elaborar um programa de governo que se submeterá finalmente aos votos dos militantes, dividido antes da possibilidade de um nova aliança com os conservadores.