Merkel critica Israel mas destaca amizade da Alemanha
"Sobre o assunto das colônias, não estamos de acordo", disse Merkel em coletiva de imprensa olhando para Netanyahu com um sorriso
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 17h20.
Berlim - A chefe de governo alemã, Angela Merkel , criticou Israel, nesta quinta-feira, por seus projetos de expansão das colônias nos territórios palestinos, apesar de destacar a amizade entre Alemanha e o Estado hebreu, durante uma visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Berlim.
"Sobre o assunto das colônias, não estamos de acordo", disse Merkel em coletiva de imprensa olhando para Netanyahu com um sorriso.
Merkel destacou que se trata do conselho de um país amigo. "Israel toma suas decisões sozinho. É um Estado soberano. Só podemos dar uma recomendação", disse.
Merkel e Netanyahu jantaram juntos na quarta-feira à noite e conversaram longamente nesta quinta-feira em uma reunião bilateral na chancelaria.
O primeiro-ministro israelense, que recebeu duras críticas internacionais pelo projeto de ampliação de assentamentos nas colônias judaicas nos territórios palestinos, afirmou simplesmente que dava continuidade a uma velha política. "Não mudei de política.", disse.
"Acredito que a causa do problema não são as colônias. Espero discutir a coexistência mútua, uma paz mútua, com pelo menos uma parte dos palestinos", disse.
"Não desisti. Não desistimos tão rápido", insistiu.
Merkel lembrou que a segurança de Israel foi uma constante na política alemã e disse que havia conversado com Netanyahu sobre como melhorá-la.
"Acredito que os esforços por uma solução de dois Estados — um hebreu e outro palestino — devem continuar", disse, pedindo um retorno à mesa de negociações.
Perguntada sobre possíveis medidas alemãs contra Israel, caso a política de colonização do Estado hebreu continue, Merkel disse: "Não sou alguém que ameaça (...) Dei minha opinião e avançamos em uma discussão de um tema sobre o qual temos um ponto de vista diferente".
Na quarta-feira, a União Europeia decidiu convocar o embaixador de Israel para manifestar sua preocupação a respeito dos projetos de novos assentamentos em colônias israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
As relações entre o Estado hebreu e a Alemanha, considerada um de seus aliados europeus mais próximos, ficaram tensas na semana passada depois que Berlim se absteve a votar na Assembleia Geral da ONU sobre o status da Palestina como país observador não-membro.
Em sua visita a Praga, na quarta-feira, Netanyahu agradeceu aos dirigentes da República Tcheca, o único país da UE a ter votado contra o status de estado observador para Palestina.
"Em nome do povo de Israel, quero expressar minha profunda gratidão pela posição clara [da República Tcheca] durante a votação na ONU", disse Netanyahu durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo tcheco Petr Necas.
Vários ministros israelenses, entre eles o da Defesa, Ehud Barak, e o das Finanças, Yuval Steinitz, viajam com Netanyahu e participaram nesta quinta-feira das consultas entre israelenses e alemães. Eles abordaram em Berlim diferentes projetos de cooperação em matéria de pesquisa científica e educação com seus homólogos alemães.
Os dois países se preparam para comemorar em 2015 cinquenta anos de relações diplomáticas, 70 anos depois do fim do Terceiro Reich e do holocausto dos judeus que deixou seis milhões de vítimas.
Berlim - A chefe de governo alemã, Angela Merkel , criticou Israel, nesta quinta-feira, por seus projetos de expansão das colônias nos territórios palestinos, apesar de destacar a amizade entre Alemanha e o Estado hebreu, durante uma visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Berlim.
"Sobre o assunto das colônias, não estamos de acordo", disse Merkel em coletiva de imprensa olhando para Netanyahu com um sorriso.
Merkel destacou que se trata do conselho de um país amigo. "Israel toma suas decisões sozinho. É um Estado soberano. Só podemos dar uma recomendação", disse.
Merkel e Netanyahu jantaram juntos na quarta-feira à noite e conversaram longamente nesta quinta-feira em uma reunião bilateral na chancelaria.
O primeiro-ministro israelense, que recebeu duras críticas internacionais pelo projeto de ampliação de assentamentos nas colônias judaicas nos territórios palestinos, afirmou simplesmente que dava continuidade a uma velha política. "Não mudei de política.", disse.
"Acredito que a causa do problema não são as colônias. Espero discutir a coexistência mútua, uma paz mútua, com pelo menos uma parte dos palestinos", disse.
"Não desisti. Não desistimos tão rápido", insistiu.
Merkel lembrou que a segurança de Israel foi uma constante na política alemã e disse que havia conversado com Netanyahu sobre como melhorá-la.
"Acredito que os esforços por uma solução de dois Estados — um hebreu e outro palestino — devem continuar", disse, pedindo um retorno à mesa de negociações.
Perguntada sobre possíveis medidas alemãs contra Israel, caso a política de colonização do Estado hebreu continue, Merkel disse: "Não sou alguém que ameaça (...) Dei minha opinião e avançamos em uma discussão de um tema sobre o qual temos um ponto de vista diferente".
Na quarta-feira, a União Europeia decidiu convocar o embaixador de Israel para manifestar sua preocupação a respeito dos projetos de novos assentamentos em colônias israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
As relações entre o Estado hebreu e a Alemanha, considerada um de seus aliados europeus mais próximos, ficaram tensas na semana passada depois que Berlim se absteve a votar na Assembleia Geral da ONU sobre o status da Palestina como país observador não-membro.
Em sua visita a Praga, na quarta-feira, Netanyahu agradeceu aos dirigentes da República Tcheca, o único país da UE a ter votado contra o status de estado observador para Palestina.
"Em nome do povo de Israel, quero expressar minha profunda gratidão pela posição clara [da República Tcheca] durante a votação na ONU", disse Netanyahu durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo tcheco Petr Necas.
Vários ministros israelenses, entre eles o da Defesa, Ehud Barak, e o das Finanças, Yuval Steinitz, viajam com Netanyahu e participaram nesta quinta-feira das consultas entre israelenses e alemães. Eles abordaram em Berlim diferentes projetos de cooperação em matéria de pesquisa científica e educação com seus homólogos alemães.
Os dois países se preparam para comemorar em 2015 cinquenta anos de relações diplomáticas, 70 anos depois do fim do Terceiro Reich e do holocausto dos judeus que deixou seis milhões de vítimas.