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Merkel alerta britânicos para perda de direitos na UE após Brexit

Chanceler alemã disse ainda que as conversas sobre as obrigações financeiras do Reino Unido com a UE terão que ser abordadas logo no início das negociações

Angela Merkel: "um terceiro Estado, e é isso que o Reino Unido será, não pode e não irá ter à sua disposição os mesmos direitos" (Fabrizio Bensch/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 10h23.

Última atualização em 27 de abril de 2017 às 10h24.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel , alertou os britânicos nesta quinta-feira para que não se iludam acreditando que irão continuar a desfrutar dos direitos da União Europeia depois da desfiliação do bloco, e insistiu que a UE só irá combinar os laços futuros com Londres depois que os britânicos tiverem acertado um acordo de saída.

Adotando um tom firme em um discurso no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento, antes de uma cúpula sobre o Brexit no final de semana, Merkel disse ainda que as conversas sobre as obrigações financeiras do Reino Unido com a UE terão que ser abordadas logo no início das negociações.

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"Um terceiro Estado, e é isso que o Reino Unido será, não pode e não irá ter à sua disposição os mesmos direitos... que os membros da União Europeia", afirmou Merkel, a líder mais influente do bloco, aos parlamentares.

"Preciso dizê-lo claramente aqui porque tenho a sensação de que algumas pessoas no Reino Unido ainda têm ilusões -- isso seria perda de tempo", disse, muito aplaudida pelos presentes.

Argumentando que as conversas do Brexit só irão começar de fato após a eleição parlamentar britânica de 8 de junho, a chanceler enfatizou várias vezes que os 27 membros restantes da UE concordaram que a desfiliação deve ser resolvida primeira.

"Só podemos acertar um acordo sobre o relacionamento futuro com o Reino Unido quando todas as questões sobre sua saída tiverem sido esclarecidas satisfatoriamente", disse.

Merkel, política conservadora que irá buscar um quarto mandato em uma eleição no dia 24 de setembro, disse que uma das prioridades será proteger os interesses de cidadãos da UE que moram em solo britânico, entre eles 100 mil alemães.

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