Cidade da Guatemala - Um menor guatemalteco de 16 anos que chegou nesta terça-feira a seu país deportado dos Estados Unidos afirmou que viu um amigo morrer no deserto e que não voltará a tentar viajar de maneira ilegal ao país.
O menor, que se identificou como Kenny Elías Mejía, chegou hoje à Guatemala após ser deportado por avião dos Estados Unidos junto com 130 adultos.
"O mais duro que vi durante a viagem foi um amigo morrer no deserto. Se desidratou e não podia caminhar mais. Ficou pra trás", relatou Mejía à Agência Efe após aterrissar em seu país natal.
O menor detalhou que o falecido era guatemalteco e que ia junto com ele dentro de um grupo de imigrantes ilegais que pretendiam atravessar a fronteira americana de maneira ilegal.
"Ficamos amigos no caminho e fiquei muito triste", acrescentou.
Mejía disse que é original do município de Esquipulas, no departamento de Chiquimula, 230 quilômetros ao leste da Cidade da Guatemala, e que durante sua travessia viu "muitas crianças no deserto e muitas mães com elas".
O menor destacou que desde sua detenção e durante o processo de deportação "alguns de nossos direitos foram violentados e outros respeitados".
"Não voltarei a tentar", disse o menor após ser questionado se tentaria atravessar a fronteira de maneira ilegal novamente.
As autoridades americanas calculam que mais de 52 mil menores centro-americanos, a maioria procedentes de El Salvador, Guatemala e Honduras, foram detidos pela Patrulha de Fronteiras no atual ano fiscal, que começou em outubro do ano passado.
Segundo a Direção Geral de Migração (DGM) da Guatemala, entre janeiro e junho deste ano, os EUA deportaram 28.021 cidadãos que estavam ilegais em seu território, entre eles 76 menores de idade como Elías Mejía.
- 1. Mudança
1 /12(FABIO MANGABEIRA)
São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber
imigrantes , segundo o índice
MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O
ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
- 2. 33º) Letônia – 31 pontos
2 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 36
Possibilidade de reunir a família: 46
Residência de longo prazo: 59
Políticas contra discriminação: 25
Participação política: 18
Acesso à nacionalidade: 15
Educação: 17
- 3. 32º) Chipre – 35 pontos
3 /12(Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 39
Residência de longo prazo: 37
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 32
Educação: 33
- 4. 31º) Eslováquia – 36 pontos
4 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 53
Residência de longo prazo: 50
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 21
Acesso à nacionalidade: 27
Educação: 24
- 5. 30º) Malta – 37 pontos
5 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 43
Possibilidade de reunir a família:48
Residência de longo prazo:64
Políticas contra discriminação:36
Participação política:25
Acesso à nacionalidade:26
Educação:16
- 6. 29º) Japão – 38 pontos
6 /12(Kiyoshi Ota/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 62
Possibilidade de reunir a família:51
Residência de longo prazo:58
Políticas contra discriminação:14
Participação política:27
Acesso à nacionalidade:33
Educação:19
- 7. 28º) Lituânia – 40 pontos
7 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 46
Possibilidade de reunir a família:59
Residência de longo prazo:57
Políticas contra discriminação:55
Participação política:25
Acesso à nacionalidade:20
Educação:17
- 8. 27º) Bulgária – 41 pontos
8 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 40
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 80
Participação política: 17
Acesso à nacionalidade: 24
Educação: 15
- 9. 26º) Polônia – 42 pontos
9 /12(Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 48
Possibilidade de reunir a família: 67
Residência de longo prazo: 65
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 13
Acesso à nacionalidade: 35
Educação: 29
- 10. 25º) Áustria – 42 pontos
10 /12(Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 56
Possibilidade de reunir a família: 41
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 40
Participação política: 33
Acesso à nacionalidade: 22
Educação: 44
- 11. 24º) Suíça – 43 pontos
11 /12(Mike Hewitt/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 53
Possibilidade de reunir a família: 40
Residência de longo prazo: 41
Políticas contra discriminação: 31
Participação política: 59
Acesso à nacionalidade: 36
Educação: 45
- 12. Agora veja a ponta contrária do ranking
12 /12(Sean Gallup/Getty Images)