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Menina de 10 anos vítima de estupro dá à luz bebê na Índia

Tribunal local se recusou a conceder um aborto à menina, afirmando que seria muito arriscado devido a fase avançada da gravidez

Lei na Índia proíbe abortos após 20 semanas de gravidez, a não ser que a vida da mãe esteja em perigo (Utpal Baruah/Reuters/Reuters)
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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 11h33.

Mumbai - Uma menina de 10 anos vítima de estupro, que teve um pedido de aborto negado pela Suprema Corte da Índia , deu à luz nesta quinta-feira um bebê, em um caso que provocou indignação sobre o abuso sexual de crianças no país.

A menina não sabia que estava grávida e que deu à luz uma menina. Seus pais disseram à filha que ela passaria por uma cirurgia para remover uma pedra.

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"A menina está bem, ela está se recuperando. Nós esperamos que ela seja liberada no início da próxima semana", disse o médico Dasari Harish, que lidera um comitê que supervisiona o tratamento da menina.

A vítima, cuja identidade foi mantida em segredo, deu à luz uma menina através de uma cesariana em um hospital público na cidade de Chandigarh, disse Harish.

"Os pais da menina se recusaram a assumir a guarda da criança, e concordaram em colocá-la para adoção através da agência estatal. Eles disseram que não querem nem ver a criança", disse à Thomson Reuters Foundation.

Relatos da mídia local disseram que a menina foi estuprada por um tio, que agora está preso.

A gravidez foi descoberta quando a menina foi levada para um hospital no último mês reclamando de dores no estômago, e descobriu-se que ela estava grávida de 30 semanas.

Um tribunal local se recusou a conceder um aborto à menina, afirmando que seria muito arriscado devido a fase avançada da gravidez. Um recurso na Suprema Corte foi rejeitado pelo mesmo motivo no dia 28 de julho.

A lei na Índia proíbe abortos após 20 semanas de gravidez, a não ser que a vida da mãe esteja em perigo, ou em circunstâncias excepcionais.

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