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Mendes Ribeiro será novo ministro da Agricultura, diz fonte

Presidente teria aceitado a indicação do deputado do PMDB

Mendes teve atuação destacada na votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados e tem proximidade política com a presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Mendes teve atuação destacada na votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados e tem proximidade política com a presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 08h09.

Brasília- O líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), foi indicado pelo PMDB à presidente Dilma Rousseff para ser o novo ministro da Agricultura. Segundo disse à Reuters uma fonte próxima ao vice-presidente, Michel Temer, Dilma aceitou a indicação.

Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho teve sua indicação formalizada à Dilma na noite de quarta-feira e ela o convidou horas depois de receber a sugestão do PMDB, segundo relato dessa fonte, que pediu anonimato.

Mendes Ribeiro irá substituir Wagner Rossi, que pediu demissão do cargo de ministro na quarta-feira em meio a uma série de denúncias de irregularidades na pasta e que, na última semana, o atingiram pessoalmente. Rossi foi o quarto ministro a deixar o governo Dilma em menos de oito meses.

A principal atribuição de Mendes Ribeiro no Congresso era negociar a votação do Orçamento Geral da União nas duas casas.

Em sua carta de demissão, divulgada no site do ministério, Rossi argumentou que sua família pediu que ele se afastasse do governo e "deixasse essa minha luta estoica, mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter."

Denúncias publicadas na mídia acusaram Rossi de usar politicamente alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quando dirigiu a estatal, de ter oferecido propina para um funcionário não denunciar irregularidades e de ter viajado em um jatinho de uma empresa privada, entre outras coisas.

"Durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública," disse Rossi na carta.

A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), considerou a indicação do partido um "erro" porque a bancada da Câmara não foi ouvida antes da escolha, que foi articulada em uma reunião entre os caciques peemedebistas no gabinete de Temer, que também havia indicado Rossi para a pasta.


Mendes teve atuação destacada na votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados e tem proximidade política com a presidente, que o escolheu para o cargo de líder no Congresso.

A decisão de Rossi foi tomada no final desta tarde, quando ele procurou Temer, seu padrinho político, para dizer que apresentaria sua demissão a Dilma. Segundo Temer, a presidente "insistiu muitíssimo" para que Rossi permanecesse.

Em nota, Dilma lamentou a saída do ministro e o fato de Rossi não ter "contado com o princípio da presunção da inocência diante das denúncias contra ele desferidas."

Em pouco mais de sete meses de governo, Rossi é o quarto ministro de Dilma a pedir demissão.

Anteriormente, Antonio Palocci deixou a chefia da Casa Civil e Alfredo Nascimento saiu do Ministério dos Transportes, também em meio a denúncias. Neste mês, Nelson Jobim pediu demissão do Ministério da Defesa após divulgação de uma entrevista em que ele teria criticado colegas de governo.

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