May insiste, mas um “não” ao Brexit ganha força
ÀS SETE - Os termos da saída da UE estão sendo negociados desde 19 de junho, mas travaram no ponto sobre o tamanho da dívida que o Reino Unido deve quitar
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 06h34.
Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 07h23.
A primeira-ministra britânica, Theresa May , vai se reunir nesta terça-feira com seus ministros mais próximos para discutir qual será o novo passo do país nas negociações sobre o Brexit, o processo de saída do país da União Europeia.
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A conversa desta terça-feira será liderada pelo negociador oficial no Reino Unido, David Davis, e faz parte de uma necessidade de May de conseguir algum progresso na negociação.
Os termos da saída britânica do bloco europeu estão sendo negociados desde o dia 19 de junho, mas travaram no ponto sobre o tamanho da dívida que o Reino Unido precisa quitar com a União Europeia, já que o orçamento até 2020 contava com a participação do país na divisão das contas.
A indefinição do lado britânico sobre o quanto o país estaria disposto a pagar tem atrapalhado o andamento das conversas, e já levantam um debate sobre uma antecipação de eleições, para que um novo comandante eleito tenha mais liberdade para definir como tocar o processo.
A negociação anda tão embolada que, além de a credibilidade de May estar em xeque, também se fala que o negociador da União Europeia, Michel Barnier, está tendo conversas paralelas com políticos que apoiaram o “Remain”, grupo que era a favor da permanência do Reino Unido no bloco, no referendo de junho de 2016.
O porta-voz da União Europeia, Alexander Winterstein, negou a acusação e reiterou que as portas de Barnier estão sempre abertas para o diálogo.
A União Europeia tem encorajado que haja um período de transição para a saída do Reino Unido até 2020 – mesmo que o processo de saída tenha que ser concluído até junho de 2019.
Apesar de os europeus continuarem colocando propostas na mesa, o Reino Unido não tem conseguido avançar – e Theresa May já começa a se preparar para o pior. Na reunião desta terça, também deve ser discutido com os ministros o que o país deverá fazer caso as negociações com a União Europeia sejam frustradas. Um não acordo já é uma possibilidade.