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Matteo Renzi inicia primeiro governo paritário da Itália

Aos 39 anos, Renzi também é o mais jovem chefe de governo da história do país

O novo primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi: "a tarefa é difícil, mas estamos na Itália, vamos conseguir", escreveu no Twitter (ANDREAS SOLARO/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2014 às 13h19.

Roma - O líder do esquerdista Partido Democrático, Matteo Renzi, prestou juramento neste sábado no palácio presidencial de Quirinal como novo presidente do Conselho Italiano, seguido por sua equipe de 16 ministros, no primeiro gabinete paritário da história da Itália .

Aos 39 anos, Renzi é o mais jovem chefe de Governo da história da Itália. Ele cumpriu as tradicionais cerimônias do juramento e de usar o sino de abertura do primeiro conselho de ministros.

"A tarefa é difícil, mas estamos na Itália, vamos conseguir. Nosso compromisso é o de continuar sendo nós mesmos, livres e simples", escreveu Renzi no Twitter pouco antes da cerimônia.

Renzi assumiu o governo no lugar de Enrico Letta, forçado a renunciar depois de dez meses no poder pelo próprio Partido Democrático (PD).

O primeiro encontro público entre os dois líderes de centro-esquerda foi gélido, o que demonstra o mal-estar dentro de alguns setores do PD pela tática agressiva do ambicioso ex-prefeito de Florença.

O primeiro gabinete paritário da história da Itália, formado por oito homens e oito mulheres, com a menor média de idade em meio século (47,8 anos) e que prometeu despertar as "esperanças" de um país afetado por uma grave crise econômica e social, não convence a imprensa.

"É o governo de apenas um homem. Muitos nomes novos, jovens, desconhecidos, mulheres. Um Executivo para um líder", escreveu Ezio Mauro, diretor do jornal La Repubblica.


Como o próprio Renzi reconheceu na véspera, quando aceitou o cargo, está em jogo não apenas sua carreira política, mas também sua "cabeça", como ele deixou claro ao decidir carregar todo o peso do governo.

"É o retrato da avidez do novo primeiro-ministro", destaca um editorial do jornal Il Corriere della Sera.

Como Letta, Renzi precisa para governar dos 30 senadores do Novo Centro-Direita, de Angelino Alfano, o que gera "dúvidas" sobre sua capacidade para aprovar as importantes leis que prometeu, entre elas as reformas da Constituição, do sistema de trabalho e administrativo, além do fisco.

Alfano, que era ligado a Silvio Berlusconi mas traiu o magnata dos meios de comunicação para estabelecer uma aliança com a centro-esquerda, perdeu a vice-presidência do governo, mas foi confirmado por Renzi como ministro do Interior.

"Apenas três nomes técnicos", destaca o jornal La Stampa, que teme improvisos e erros pela falta de experiência dos ministros.

A maior concessão feita por Renzi foi designar um tecnocrata, Pier Carlo Padoan, para o delicado Ministério da Economia, segundo analistas.

O vice-secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), que foi diretor executivo para a Itália do Fundo Monetário Internacional (FMI) e assessor do Banco Mundial, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, representa a "continuidade" a respeito das medidas exigidas pela União Europeia para ajustar as contas e reduzir a imensa dívida pública (130% do PIB).

"Seu valor é indiscutível, é uma pessoa apreciada pelos organismos internacionais. Mas o que conta são os resultados", afirma o jornal econômico Il Sole 24Ore.

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Roma - O líder do esquerdista Partido Democrático, Matteo Renzi, prestou juramento neste sábado no palácio presidencial de Quirinal como novo presidente do Conselho Italiano, seguido por sua equipe de 16 ministros, no primeiro gabinete paritário da história da Itália .

Aos 39 anos, Renzi é o mais jovem chefe de Governo da história da Itália. Ele cumpriu as tradicionais cerimônias do juramento e de usar o sino de abertura do primeiro conselho de ministros.

"A tarefa é difícil, mas estamos na Itália, vamos conseguir. Nosso compromisso é o de continuar sendo nós mesmos, livres e simples", escreveu Renzi no Twitter pouco antes da cerimônia.

Renzi assumiu o governo no lugar de Enrico Letta, forçado a renunciar depois de dez meses no poder pelo próprio Partido Democrático (PD).

O primeiro encontro público entre os dois líderes de centro-esquerda foi gélido, o que demonstra o mal-estar dentro de alguns setores do PD pela tática agressiva do ambicioso ex-prefeito de Florença.

O primeiro gabinete paritário da história da Itália, formado por oito homens e oito mulheres, com a menor média de idade em meio século (47,8 anos) e que prometeu despertar as "esperanças" de um país afetado por uma grave crise econômica e social, não convence a imprensa.

"É o governo de apenas um homem. Muitos nomes novos, jovens, desconhecidos, mulheres. Um Executivo para um líder", escreveu Ezio Mauro, diretor do jornal La Repubblica.


Como o próprio Renzi reconheceu na véspera, quando aceitou o cargo, está em jogo não apenas sua carreira política, mas também sua "cabeça", como ele deixou claro ao decidir carregar todo o peso do governo.

"É o retrato da avidez do novo primeiro-ministro", destaca um editorial do jornal Il Corriere della Sera.

Como Letta, Renzi precisa para governar dos 30 senadores do Novo Centro-Direita, de Angelino Alfano, o que gera "dúvidas" sobre sua capacidade para aprovar as importantes leis que prometeu, entre elas as reformas da Constituição, do sistema de trabalho e administrativo, além do fisco.

Alfano, que era ligado a Silvio Berlusconi mas traiu o magnata dos meios de comunicação para estabelecer uma aliança com a centro-esquerda, perdeu a vice-presidência do governo, mas foi confirmado por Renzi como ministro do Interior.

"Apenas três nomes técnicos", destaca o jornal La Stampa, que teme improvisos e erros pela falta de experiência dos ministros.

A maior concessão feita por Renzi foi designar um tecnocrata, Pier Carlo Padoan, para o delicado Ministério da Economia, segundo analistas.

O vice-secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), que foi diretor executivo para a Itália do Fundo Monetário Internacional (FMI) e assessor do Banco Mundial, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, representa a "continuidade" a respeito das medidas exigidas pela União Europeia para ajustar as contas e reduzir a imensa dívida pública (130% do PIB).

"Seu valor é indiscutível, é uma pessoa apreciada pelos organismos internacionais. Mas o que conta são os resultados", afirma o jornal econômico Il Sole 24Ore.

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