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Marinha dos EUA paralisa operações no mundo todo após colisão

O anúncio foi feito poucas horas depois de o destróier USS John S. McCain se chocar com o petroleiro Alnic MC em águas do estreito de Cingapura

Destroyer USS John S. McCain da marinha dos EUA após colisão em Cingapura, dia 21/08/2017 (Ahmad Masood/Reuters)

Destroyer USS John S. McCain da marinha dos EUA após colisão em Cingapura, dia 21/08/2017 (Ahmad Masood/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 18h03.

Washington - A Marinha dos Estados Unidos ordenou nesta segunda-feira uma pausa em suas operações no mundo todo e uma revisão integral dos incidentes ocorridos com seus navios no Pacífico nos últimos meses, após uma colisão em águas de Cingapura ter deixado dez americanos desaparecidos e outros cinco feridos.

O almirante John Richardson, chefe de operações navais da Marinha, fez o anúncio poucas horas depois de o destróier USS John S. McCain se chocar com o petroleiro Alnic MC, um navio mercante de bandeira líbia, em águas do estreito de Cingapura.

"Esta é a segunda colisão em três meses, e é a última de uma série de incidentes no teatro do Pacífico. Esta tendência exige uma ação mais contundente", afirmou Richardson em um vídeo postado pela Marinha no Twitter.

"Ordenei que se faça uma pausa operacional em todas as nossas frotas no mundo todo. Quero que os nossos comandantes de frota se reúnam para nos assegurarmos de que estamos tomando todas as ações apropriadas de forma imediata com o fim de garantir operações seguras e eficazes no mundo todo", acrescentou o almirante.

Richardson não revelou quanto durará essa pausa, mas a rede de televisão "CNN" disse que deve durar um dia e poderá ser programada ao longo de duas semanas, conforme cada comando.

Além disso, o almirante ordenou uma "revisão integral" destinada a "encontrar as causas" dos incidentes dos últimos meses, que incluem também a colisão ocorrida em junho entre o destróier USS Fitzgerald e o cargueiro filipino ACX Crystal em águas japonesas.

O comandante do Comando de Frotas dos EUA, Philip Davidson, será o encarregado de dirigir essa revisão, que acontecerá paralelamente com as investigações já determinadas sobre as causas das colisões do USS John S. McCain e do USS Fitzgerald.

Concretamente, será revisado o processo de aprendizagem de militares da Sétima Frota, "incluindo sua competência tática e de navegação", para garantir que estão "preparados" para operar os destróieres, segundo o almirante.

Também serão avaliados "o ritmo de operações, as tendências em pessoal, os materiais, a manutenção e os equipamentos" da frota, acrescentou Richardson.

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