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Manifestantes pedem aumento salarial na Bolívia

Na maior parte da Bolívia os hospitais, as escolas públicas e as universidades estatais estão fechadas, e há bloqueios de avenidas e mobilizações em várias cidades

O salário mínimo na Bolívia é de US$ 117 dólares e o salário médio de US$ 546, segundo dados de 2011 (Joel Alvarez/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 21h30.

La Paz, 11 abr (EFE).- Manifestações em várias cidades e uma greve nacional com adesão parcial iniciaram nesta quarta-feira os protestos liderados pela Central Operária Boliviana (COB) para exigir ao presidente Evo Morales um aumento salarial em 2012 superior aos 7% oferecidos.

Na maior parte da Bolívia os hospitais, as escolas públicas e as universidades estatais estão fechadas, e há bloqueios de avenidas e mobilizações em várias cidades, mas o transporte, o comércio, os bancos e as atividades produtivas se desenvolvem com normalidade.

O principal dirigente da COB, o mineiro Juan Carlos Trujillo, liderou a principal manifestação, uma passeata de milhares de trabalhadores, principalmente da saúde e da educação, entre as cidades divisórias de El Alto e La Paz, ambas com cerca de um milhão de habitantes.

No centro de La Paz, sede do governo e do Parlamento, os manifestantes interromperam durante várias horas o trânsito nas principais avenidas, enquanto grupos de mineiros detonavam cartuchos de dinamite, mas não houve confrontos com a polícia.

Trujillo disse que a manifestação 'mostra ao governo a unidade dos trabalhadores e o fortalecimento da classe operária' para reivindicar um aumento maior e a anulação imediata do decreto que aumenta a jornada de trabalho de médicos e outros trabalhadores da saúde pública.

O dirigente sindical também reivindicou melhorias na seguridade social e maiores orçamentos para saúde e educação, além da 'reativação do aparelho produtivo', para criar mais fontes de trabalho.


Morales ofereceu aumentar em 7% os salários em 2012, levando em conta a inflação de 6,9% em 2011, mais 15% para o salário mínimo.

A COB pede que o governo considere a 'cesta familiar básica', que custa US$ 1.192 mensais, igual a dez salários mínimos, segundo os sindicatos.

O salário mínimo na Bolívia é de US$ 117 dólares e o salário médio de US$ 546, segundo dados de 2011.

Os médicos, respaldados por estudantes de medicina, tiveram grande participação nos protestos desta quarta-feira, após retomar na terça-feira uma greve geral indefinida que tinham interrompido na semana passada para uma fracassada tentativa de dialogar com o governo.

Argumentam que o decreto que aumenta sua jornada de trabalho não soluciona os problemas da saúde, pois é necessário modernizar hospitais que datam de meados do século 20 e dotá-los de melhores equipamentos.

O presidente do Colégio Médico da Bolívia, Alfonso Barrios, e seu vice-presidente, Bernardino Fuertes, anunciaram que começaram hoje uma greve de fome em um hospital para pedir a derrogação do decreto, que qualificam de 'inviável e ilegal', e advertiram que só dialogarão com Morales.


O líder se reuniu na primeira hora de hoje com seus ministros e depois pronunciou um discurso em uma localidade indígena do departamento amazônico de Beni, mas não aludiu aos protestos sindicais.

O vice-presidente Álvaro García Linera comentou que Morales e seus funcionários têm um 'regime laboral' de 15 a 18 horas diárias e dão assim exemplo para reivindicar a médicos e outros manifestantes que trabalhem mais.

'Nenhum país no mundo foi adiante com base no lazer. Todos os países crescem, progridem e prosperam com base no trabalho. É preciso trabalhar', disse o marxista Linera em entrevista coletiva.

O dirigentes da COB dizem que estão dispostos a dialogar com o governo, mas põem como condição que os ministros deixem suas frequentes ameaças públicas contra o direito à greve e derroguem o decreto que aumenta a jornada de trabalho de médicos e funcionários da saúde.

A Procuradoria Geral anunciou que investiga os dirigentes da greve médica, como pediram funcionários e políticos governistas.

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La Paz, 11 abr (EFE).- Manifestações em várias cidades e uma greve nacional com adesão parcial iniciaram nesta quarta-feira os protestos liderados pela Central Operária Boliviana (COB) para exigir ao presidente Evo Morales um aumento salarial em 2012 superior aos 7% oferecidos.

Na maior parte da Bolívia os hospitais, as escolas públicas e as universidades estatais estão fechadas, e há bloqueios de avenidas e mobilizações em várias cidades, mas o transporte, o comércio, os bancos e as atividades produtivas se desenvolvem com normalidade.

O principal dirigente da COB, o mineiro Juan Carlos Trujillo, liderou a principal manifestação, uma passeata de milhares de trabalhadores, principalmente da saúde e da educação, entre as cidades divisórias de El Alto e La Paz, ambas com cerca de um milhão de habitantes.

No centro de La Paz, sede do governo e do Parlamento, os manifestantes interromperam durante várias horas o trânsito nas principais avenidas, enquanto grupos de mineiros detonavam cartuchos de dinamite, mas não houve confrontos com a polícia.

Trujillo disse que a manifestação 'mostra ao governo a unidade dos trabalhadores e o fortalecimento da classe operária' para reivindicar um aumento maior e a anulação imediata do decreto que aumenta a jornada de trabalho de médicos e outros trabalhadores da saúde pública.

O dirigente sindical também reivindicou melhorias na seguridade social e maiores orçamentos para saúde e educação, além da 'reativação do aparelho produtivo', para criar mais fontes de trabalho.


Morales ofereceu aumentar em 7% os salários em 2012, levando em conta a inflação de 6,9% em 2011, mais 15% para o salário mínimo.

A COB pede que o governo considere a 'cesta familiar básica', que custa US$ 1.192 mensais, igual a dez salários mínimos, segundo os sindicatos.

O salário mínimo na Bolívia é de US$ 117 dólares e o salário médio de US$ 546, segundo dados de 2011.

Os médicos, respaldados por estudantes de medicina, tiveram grande participação nos protestos desta quarta-feira, após retomar na terça-feira uma greve geral indefinida que tinham interrompido na semana passada para uma fracassada tentativa de dialogar com o governo.

Argumentam que o decreto que aumenta sua jornada de trabalho não soluciona os problemas da saúde, pois é necessário modernizar hospitais que datam de meados do século 20 e dotá-los de melhores equipamentos.

O presidente do Colégio Médico da Bolívia, Alfonso Barrios, e seu vice-presidente, Bernardino Fuertes, anunciaram que começaram hoje uma greve de fome em um hospital para pedir a derrogação do decreto, que qualificam de 'inviável e ilegal', e advertiram que só dialogarão com Morales.


O líder se reuniu na primeira hora de hoje com seus ministros e depois pronunciou um discurso em uma localidade indígena do departamento amazônico de Beni, mas não aludiu aos protestos sindicais.

O vice-presidente Álvaro García Linera comentou que Morales e seus funcionários têm um 'regime laboral' de 15 a 18 horas diárias e dão assim exemplo para reivindicar a médicos e outros manifestantes que trabalhem mais.

'Nenhum país no mundo foi adiante com base no lazer. Todos os países crescem, progridem e prosperam com base no trabalho. É preciso trabalhar', disse o marxista Linera em entrevista coletiva.

O dirigentes da COB dizem que estão dispostos a dialogar com o governo, mas põem como condição que os ministros deixem suas frequentes ameaças públicas contra o direito à greve e derroguem o decreto que aumenta a jornada de trabalho de médicos e funcionários da saúde.

A Procuradoria Geral anunciou que investiga os dirigentes da greve médica, como pediram funcionários e políticos governistas.

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