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Manifestante morre na Caxemira, a primeira vítima desde fim da autonomia

Governo nacionalista de Narendra Modi retirou, por decreto presidencial, a autonomia constitucional do estado de Jammu e Caxemira

Kashemira: população da região protesta contra novo redução da autonomia (Anushree Fadnavis/Reuters)

Kashemira: população da região protesta contra novo redução da autonomia (Anushree Fadnavis/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 10h55.

Um manifestante morreu depois de ser perseguido pela polícia na Caxemira indiana, uma região que teve sua autonomia revogada pelo governo da Índia na segunda-feira, anunciou a polícia nesta quarta-feira.

A morte é a primeira anunciada desde que o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi retirou, por decreto presidencial, a autonomia constitucional do estado de Jammu e Caxemira (norte).

Em seguida, o governo da Índia levou à votação no Parlamento a desintegração do estado, sob risco de acirrar os ânimos nesta zona que é cenário de uma insurreição separatista.

Apesar da grande presença de forças de segurança e da proibição de deslocamentos e reuniões na região, algumas manifestações esporádicas foram registradas na cidade de Srinagar, reduto dos protestos contra a Índia, que boa parte da população da Caxemira considera uma força de ocupação.

A Caxemira permanece isolada do resto do mundo nesta quarta-feira, depois que o governo indiano bloqueou as comunicações no domingo.

Nos últimos dias, Srinagar se transformou em uma cidade fantasma, com lojas fechadas e ruas desertas.

Uma fonte policial, que pediu anonimato, declarou à AFP que um jovem manifestante perseguido pelas forças de segurança na área histórica da cidade "pulou no rio Jhelum e morreu".

As manifestações deixaram pelo menos seis feridos, de acordo com informações obtidas pela AFP.

As autoridades indianas, no entanto, afirmam que a situação nesta área de fronteira, também reivindicada pelo Paquistão, é calma.

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