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Mandato-tampão vira arma eleitoral em três Estados

São Paulo - Três dos quatro governadores que cumprem mandatos-tampão, depois de substituir os titulares cassados por problemas com a Justiça, são pré-candidatos à reeleição. Todos são do PMDB e trabalham discreta ou publicamente para se eleger, costurando alianças e fazendo promessas e concessões ao eleitorado. São eles: Roseana Sarney, no Maranhão; José Maranhão, na […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Três dos quatro governadores que cumprem mandatos-tampão, depois de substituir os titulares cassados por problemas com a Justiça, são pré-candidatos à reeleição. Todos são do PMDB e trabalham discreta ou publicamente para se eleger, costurando alianças e fazendo promessas e concessões ao eleitorado. São eles: Roseana Sarney, no Maranhão; José Maranhão, na Paraíba; e Carlos Henrique Gaguim, no Tocantins. Rogério Rosso, também do PMDB, empossado no Distrito Federal no último dia 19, não deve concorrer à reeleição.

A gestão Roseana é marcada por um plano de governo à la Juscelino Kubitschek. Ela afirma que seu objetivo é corrigir em 18 meses erros dos 76 meses das administrações anteriores, de José Reinaldo Tavares (PSB), e Jackson Lago (PDT), a quem substituiu. Na lista de prioridades está a entrega de 132 escolas e de 72 hospitais - ou 7,3 escolas e quatro hospitais em cada mês de seu governo. As obras já foram licitadas.

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Roseana listou como urgente o reforço na segurança e investimentos em festas populares. Em um ano, entregou cerca de 500 viaturas e, no carnaval, investiu de R$ 19 milhões. "O maranhense voltou a ter autoestima", tem reiterado Roseana, em pronunciamentos. Ela não trabalha diretamente na articulação de alianças para a reeleição, mas conta com a ajuda de interlocutores como o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), pré-candidato ao Senado.

A oposição vê no programa de governo da peemedebista uma tentativa de atenuar seus índices de rejeição em algumas regiões do Estado, como no sul, ou como "propaganda enganosa".


Na Paraíba, a posse do senador Maranhão para um mandato de um ano e 10 meses antecipou a campanha pelo Palácio da Redenção, sede do governo estadual. Ao assumir, ele deixou claro que seria candidato à reeleição e esfriou as pretensões do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Nas duas campanhas de prefeito, Coutinho foi eleito com o apoio de Maranhão.

Nesse cenário, a aliança entre PMDB e PSB se desfez. Coutinho, antes ferrenho crítico do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado por corrupção eleitoral, e do senador Efraim Morais (DEM), se aliou aos dois para derrotar Maranhão. Maranhão lidera as pesquisas e Coutinho aparece em segundo. Eles têm percorrido o Estado em pré-campanha.

Tocantins

Dois dos pré-candidatos que haviam manifestado intenção de concorrer a o governo do Tocantins desistiram - a senadora Kátia Abreu (DEM) e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) -, abrindo o caminho para o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB), virtual pré-candidato à reeleição. Ele retornou ao Estado na sexta-feira, depois de 15 dias na China e encontrou um partido dividido: um dos seus principais expoentes, o deputado Moisés Avelino quer aliança com o PSDB, de Siqueira Campos, que será apoiado pelo DEM.

Gaguim, eleito pela Assembleia para o mandato-tampão depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou Marcelo Miranda, também do PMDB, em agosto de 2009, tem pregado austeridade no Estado, mas já concedeu reajuste salarial para várias categorias de servidores. A oposição o critica dizendo que os aumentos, em ano eleitoral, terão uso político. O governador justifica que só atendeu a reivindicações das categorias, que vinham de vários anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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