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Mais de 80 podem ter sido expostos a paciente com ebola

Representantes do condado de Dallas, no Estado norte-americano do Texas, disseram que entre 12 e 18 pessoas tiveram contato direto com o paciente


	Hospital no Texas: autoridades médicas têm pedido aos funcionários de saúde dos EUA que examinem pacientes para identificar possíveis traços da doença
 (Mike Stone/Reuters)

Hospital no Texas: autoridades médicas têm pedido aos funcionários de saúde dos EUA que examinem pacientes para identificar possíveis traços da doença (Mike Stone/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 13h07.

Dallas - Mais de 80 pessoas tiveram contato direto ou indireto com o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos Estados Unidos, disseram autoridades de saúde nesta quinta-feira, e quatro familiares do paciente foram colocados em quarentena como precaução.

Representantes do condado de Dallas, no Estado norte-americano do Texas, disseram que entre 12 e 18 pessoas tiveram contato direto com o paciente antes de, por sua vez, travarem contato com dezenas de outros.

Todos estão sendo monitorados e nenhum manifestou sintomas. Uma autoridade médica de alto escalão pediu aos hospitais dos EUA para extraírem lições do episódio em Dallas, onde um hospital mandou o paciente retornar para casa inicialmente, apesar da informação de que ele havia visitado a África Ocidental recentemente, o que potencialmente expôs mais pessoas ao vírus.

Autoridades médicas do Texas ordenaram quatro familiares "próximos" ao paciente a não receberem visitantes e disseram que eles poderiam ser presos, caso saiam de casa sem permissão até o dia 19 de outubro.

Os quatro, no entanto, não exibem sintomas. "Temos protocolos testados e verdadeiros para proteger a população e conter a propagação da doença", disse o médico David Lakey, comissário de Saúde do Texas. "Esta ordem nos dá a capacidade de monitorar a situação da forma mais meticulosa."

Autoridades médicas têm pedido aos funcionários de saúde dos EUA que examinem pacientes para identificar possíveis traços da doença, e que perguntem aos pacientes sobre seu histórico de viagens.

"Infelizmente, isso não aconteceu nesse caso", disse o médico Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas. "Precisamos apenas colocar isso para trás, olhar para frente e ter certeza de que isso não se repita no futuro."

O paciente de Dallas, proveniente da Libéria, buscou por tratamento inicialmente em um hospital presbiteriano do Texas na quinta-feira da semana passada, mas foi medicado com antibióticos e enviado de volta para casa, apesar de ter contado à enfermeira que esteve recentemente no oeste da África.

No domingo, ele precisou de um ambulância para retornar ao mesmo hospital. Na quarta-feira, representantes do hospital admitiram que a informação sobre a viagem do homem não foi compartilhada com os outros funcionários que o trataram. 

Ligação de aviso?

O paciente não teve o nome revelado pelo hospital por questões de privacidade. No entanto, Gee Melish, que alega ser amigo da família, identificou o homem como Thomas Eric Duncan.

Josephus Weeks, sobrinho de Duncan, disse em entrevista ao canal NBC, na quarta-feira à noite, que seu tio não recebeu tratamento para o ebola até Weeks ter ligado pessoalmente aos Centros de Controle de Doenças federais (CDC, na sigla em inglês) em Atlanta para relatar a suspeita de infecção com o vírus.

Ele disse ter feito a ligação no dia em que Duncan retornou do hospital em Dallas. Um porta-voz do CDC afirmou nesta quinta-feira que a agência buscava confirmar se e quando tal ligação teria sido feita.

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