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Mais de 15 milhões de sírios são convocados a votar

Mais de 15 milhões de sírios estão convocados a votar na eleição presidencial, na qual o presidente Bashar al-Assad é o amplo favorito

Sírias passam em frente a cartaz de Bashar al-Assad: eleição será em 03 de junho (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 09h43.

Damasco - Mais de 15 milhões de sírios estão convocados a votar na eleição presidencial de 3 de junho, na qual o presidente Bashar al-Assad é o amplo favorito contra apenas dois rivais, anunciou o ministério do Interior.

"O número de cidadãos com mais de 18 anos que podem exercer o direito ao voto, de acordo com a Constituição, é de 15.845.575, tanto dentro como fora do território sírio", afirma um comunicado ministerial, citado pela agência oficial Sana.

Mais de 9.000 locais de votação, com 11.000 urnas, serão instalados em todo o país, que está em guerra há três anos.

A votação acontecerá de 7h00 (1H00 de Brasília) às 19H00 (13H00), mas o horário pode ser prolongado no caso de um pedido da comissão jurídica para as eleições.

Os eleitores poderão votar onde desejarem com a carteira de identidade, segundo o ministério, que pretende facilitar a votação de quase sete milhões de deslocados em todo o país.

Milhares de sírios residentes no exterior começaram a votar nesta quarta-feira em 38 embaixadas, segundo a televisão estatal.

O número de inscritos nas embaixadas com urnas chega a 200.000.

A eleição presidencial é organizada pelo regime nas regiões sob seu controle, mas é chamada de "farsa" por vários países ocidentais e pela oposição síria no exílio.

Em tese, esta é a primeira eleição presidencial na Síria em mais de 50 anos, pois tanto Assad como seu pai Hafez, que governou o país com mão de ferro entre 1970 e 2000, foram designados por referendos.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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