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Maioria das pesquisas com chimpanzés é desnecessária, diz comissão

Painel de especialistas considera que uso dos animais em experimentos deveria ser limitado para casos onde eles são estritamente necessários

O uso de chimpanzés em pesquisas já está proibido na Europa (Cameron Spencer/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 15h06.

Washington - A maioria das pesquisas americanas com chimpanzés é desnecessária e deveria ser estritamente limitada no futuro, informou nesta quinta-feira um painel independente de especialistas médicos, que por pouco não pediu uma proibição total.

Embora a Europa tenha posto um fim às pesquisas com grandes símios em 1999, os Estados Unidos continuou a permitir estudos médicos com chimpanzés em áreas abrangentes, tais como vacinas para cura da HIV/Aids, hepatite C, malária, vírus respiratórios, cérebro e comportamento.

Embora sejam controversos, estes estudos também são raros e correspondem a apenas 53 dos 94 mil projetos ativos patrocinados pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) em 2011 ou 0,056% de todas as pesquisas financiadas pelos Estados Unidos.

Uma proposta dos NIH para reintroduzir algumas dúzias de chimpanzés aposentados em colônias de pesquisa, no ano passado, causaram uma preocupação pública crescente e levaram à revisão das pesquisas com estes animais por especialistas médicos independentes do Instituto de Medicina.

"O comitê conclui que, embora tenha sido um valioso modelo animal no passado, o uso de chimpanzés nas pesquisas biomédicas atuais não é necessário", informou o instituto em seu estudo.

Portanto, o NIH deveria limitar o uso de chimpanzés às pesquisas biomédicas nas quais não há outro modelo disponível que não possa ser realizado eticamente em humanos, e que se interrompidos, obstruiriam avanços na luta contra problemas de saúde que representam ameaça à vida.


Os chimpanzés ainda são necessários no desenvolvimento de vacinas contra a hepatite C, para o estudo continuado de curto prazo nas pesquisas de anticorpos monoclonais contra bactérias e vírus, em estudos genéticos comparativos e em pesquisas comportamentais, acrescentou o instituto.

Quando chimpanzés são usados para este fim, os estudos deveriam "fornecer uma compreensão de outra forma inalcançável sobre genoma comparativo, comportamento normal e anormal, saúde mental, emoção e cognição", destacou o estudo.

Além disso, todas as experiências deveriam ser executadas "de forma a minimizar dor e angústia, e ser minimamente invasivo".

Nos Estados Unidos, as pesquisas com chimpanzés são feitas sobretudo em quatro locais: o Centro National Southwest de Pesquisas com Primatas, o Centro de Pesquisas de New Iberia da Universidade de Louisiana-Lafayette, o Centro Michale E. Keeling de Pesquisa e Medicina Comparativa do Texas Anderson Cancer Center, e o Centro de Pesquisas de Primatas Yerkes, da Universidade de Emory.

Em maio havia 937 chimpanzés disponíveis para pesquisa nos Estados Unidos. O governo americano responde por 436 deles, e o restante são de propriedade privada e usados em pesquisas pela indústria.

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Washington - A maioria das pesquisas americanas com chimpanzés é desnecessária e deveria ser estritamente limitada no futuro, informou nesta quinta-feira um painel independente de especialistas médicos, que por pouco não pediu uma proibição total.

Embora a Europa tenha posto um fim às pesquisas com grandes símios em 1999, os Estados Unidos continuou a permitir estudos médicos com chimpanzés em áreas abrangentes, tais como vacinas para cura da HIV/Aids, hepatite C, malária, vírus respiratórios, cérebro e comportamento.

Embora sejam controversos, estes estudos também são raros e correspondem a apenas 53 dos 94 mil projetos ativos patrocinados pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) em 2011 ou 0,056% de todas as pesquisas financiadas pelos Estados Unidos.

Uma proposta dos NIH para reintroduzir algumas dúzias de chimpanzés aposentados em colônias de pesquisa, no ano passado, causaram uma preocupação pública crescente e levaram à revisão das pesquisas com estes animais por especialistas médicos independentes do Instituto de Medicina.

"O comitê conclui que, embora tenha sido um valioso modelo animal no passado, o uso de chimpanzés nas pesquisas biomédicas atuais não é necessário", informou o instituto em seu estudo.

Portanto, o NIH deveria limitar o uso de chimpanzés às pesquisas biomédicas nas quais não há outro modelo disponível que não possa ser realizado eticamente em humanos, e que se interrompidos, obstruiriam avanços na luta contra problemas de saúde que representam ameaça à vida.


Os chimpanzés ainda são necessários no desenvolvimento de vacinas contra a hepatite C, para o estudo continuado de curto prazo nas pesquisas de anticorpos monoclonais contra bactérias e vírus, em estudos genéticos comparativos e em pesquisas comportamentais, acrescentou o instituto.

Quando chimpanzés são usados para este fim, os estudos deveriam "fornecer uma compreensão de outra forma inalcançável sobre genoma comparativo, comportamento normal e anormal, saúde mental, emoção e cognição", destacou o estudo.

Além disso, todas as experiências deveriam ser executadas "de forma a minimizar dor e angústia, e ser minimamente invasivo".

Nos Estados Unidos, as pesquisas com chimpanzés são feitas sobretudo em quatro locais: o Centro National Southwest de Pesquisas com Primatas, o Centro de Pesquisas de New Iberia da Universidade de Louisiana-Lafayette, o Centro Michale E. Keeling de Pesquisa e Medicina Comparativa do Texas Anderson Cancer Center, e o Centro de Pesquisas de Primatas Yerkes, da Universidade de Emory.

Em maio havia 937 chimpanzés disponíveis para pesquisa nos Estados Unidos. O governo americano responde por 436 deles, e o restante são de propriedade privada e usados em pesquisas pela indústria.

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