Maiores distúrbios dos últimos anos deixam 29 feridos na periferia de Londres
Os protestos tiveram início no sábado, após manifestação que pedia justiça na investigação da morte de Mark Duggan, 29 anos, na quinta-feira por policiais armados
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2011 às 18h27.
Londres - Os maiores distúrbios dos últimos anos no subúrbio de Londres, dois dias depois da morte de um jovem em uma ação de policiais armados, deixaram 29 feridos e terminaram com 48 detidos, informou a polícia neste domingo.
Os distúrbios em Tottenham, na periferia norte da capital britânica, deixaron 29 feridos, incluindo 26 policiais. Os protestos tiveram início no sábado, após uma manifestação que pedia justiça na investigação da morte de Mark Duggan, 29 anos, pai de quatro filhos, assassinado na quinta-feira por policiais armados.
"Ele não era um rapaz violento. Estava envolvido com algumas coisas, mas não era agressivo. Nunca fez mal a ninguém", lamentou uma mulher de 53 anos, amiga de Duggan. A manifestação ocorria sem violência mas, pouco antes do anoitecer, dois veículos da polícia foram alvos de coquetéis molotov e pegaram fogo.
Após o incidente começaram os episódios de vandalismo. Um ônibus de dois andares e vários prédios foram incendiados. Caixas automáticos, lojas e supermercados foram saqueados. De alguns deles, pessoas encapuzadas saíam com carrinhos lotados de mercadorias, em imagens divulgadas pela TV britânica.
"O Aldi (um supermercado) estava em chamas e os revoltosos instalaram barricadas. Foi realmente terrível, uma loucura", declarou Stuart Radose, morador do bairro que viu seu prédio ser incendiado. "Não resta nada, é uma loucira. Parece a Segunda Guerra Mundial, o que teria acontecido em um bombardeio".
A família do jovem morto pediu calma. "Não toleramos este tipo de ações. Sei que as pessoas estão frustradas, furiosas, mas peço: por favor parem", disse o irmão da vítima, Shaun Hall, ao canal Sky News.
Este episódio de violência é o mais grave registrado nos últimos anos nos subúrbios da capital britânica. Nos últimos meses, ocorreram vários protestos em alguns bairros organizados por estudantes e sindicatos.
O controle da principal rua de Tottenham foi retomado à noite com dificuldade pela polícia, que enfrentou uma multidão enfurecida que reagiu com coquetéis molotov e pedras.
"O mais importante é garantir a segurança pública. Nosso primeiro objetivo é restabelecer a normalidade", disse Stephen Watson, comandante da polícia local, que reconheceu que as forças de segurança subestimaram o potencial da violência dos incidentes.
Em 1985, violentos distúrbios também foram registrados em Tottenham, durante um protesto contra uma ação da polícia que deixara um homem ferido. Na confusão, um oficial foi morto pelos manifestantes.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, classificou os distúrbios como "inaceitáveis" e afirmou que "nada justifica o ataque à polícia e à população ou que se destrua propriedades".
David Lammy, um deputado de Tottenham, pediu calma. "Os que se lembram dos devastadores conflitos do passado têm que atuar com firmeza para não voltar a viver algo assim", disse.
"Já temos uma família chorando uma morte e mais violência não vai aplacar a dor. A verdadeira justiça só pode ser exercida após a investigação dos fatos", declarou.
Londres - Os maiores distúrbios dos últimos anos no subúrbio de Londres, dois dias depois da morte de um jovem em uma ação de policiais armados, deixaram 29 feridos e terminaram com 48 detidos, informou a polícia neste domingo.
Os distúrbios em Tottenham, na periferia norte da capital britânica, deixaron 29 feridos, incluindo 26 policiais. Os protestos tiveram início no sábado, após uma manifestação que pedia justiça na investigação da morte de Mark Duggan, 29 anos, pai de quatro filhos, assassinado na quinta-feira por policiais armados.
"Ele não era um rapaz violento. Estava envolvido com algumas coisas, mas não era agressivo. Nunca fez mal a ninguém", lamentou uma mulher de 53 anos, amiga de Duggan. A manifestação ocorria sem violência mas, pouco antes do anoitecer, dois veículos da polícia foram alvos de coquetéis molotov e pegaram fogo.
Após o incidente começaram os episódios de vandalismo. Um ônibus de dois andares e vários prédios foram incendiados. Caixas automáticos, lojas e supermercados foram saqueados. De alguns deles, pessoas encapuzadas saíam com carrinhos lotados de mercadorias, em imagens divulgadas pela TV britânica.
"O Aldi (um supermercado) estava em chamas e os revoltosos instalaram barricadas. Foi realmente terrível, uma loucura", declarou Stuart Radose, morador do bairro que viu seu prédio ser incendiado. "Não resta nada, é uma loucira. Parece a Segunda Guerra Mundial, o que teria acontecido em um bombardeio".
A família do jovem morto pediu calma. "Não toleramos este tipo de ações. Sei que as pessoas estão frustradas, furiosas, mas peço: por favor parem", disse o irmão da vítima, Shaun Hall, ao canal Sky News.
Este episódio de violência é o mais grave registrado nos últimos anos nos subúrbios da capital britânica. Nos últimos meses, ocorreram vários protestos em alguns bairros organizados por estudantes e sindicatos.
O controle da principal rua de Tottenham foi retomado à noite com dificuldade pela polícia, que enfrentou uma multidão enfurecida que reagiu com coquetéis molotov e pedras.
"O mais importante é garantir a segurança pública. Nosso primeiro objetivo é restabelecer a normalidade", disse Stephen Watson, comandante da polícia local, que reconheceu que as forças de segurança subestimaram o potencial da violência dos incidentes.
Em 1985, violentos distúrbios também foram registrados em Tottenham, durante um protesto contra uma ação da polícia que deixara um homem ferido. Na confusão, um oficial foi morto pelos manifestantes.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, classificou os distúrbios como "inaceitáveis" e afirmou que "nada justifica o ataque à polícia e à população ou que se destrua propriedades".
David Lammy, um deputado de Tottenham, pediu calma. "Os que se lembram dos devastadores conflitos do passado têm que atuar com firmeza para não voltar a viver algo assim", disse.
"Já temos uma família chorando uma morte e mais violência não vai aplacar a dor. A verdadeira justiça só pode ser exercida após a investigação dos fatos", declarou.