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Maior sindicato da Tunísia pede saída de governo

Partido islâmico disse que estava pronto para um novo governo, mas que não dissolveria um órgão eleito

Corpo de soldado é carregado: enquanto os políticos brigam, o Exército luta para conter militantes islâmicos que mataram oito soldados na segunda-feira (Stringer/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 15h07.

Túnis - O maior sindicato da Tunísia pediu nesta terça-feira a dissolução do governo liderado por islâmicos, e o ministro do Interior ofereceu sua renúncia enquanto a crise política no país se aprofunda.

Amenizando sua rejeição aos pedidos, o partido islâmico Ennahda, que governa em coalizão com dois partidos seculares pequenos, disse que estava pronto para um novo governo, mas que não dissolveria um órgão eleito que quase completou um novo esboço da constituição.

"Estamos abertos a todas as propostas para chegar a um acordo, inclusive um governo de unidade ou de salvação", disse Ameur Larayedh, do Ennahda, à Reuters. "Mas não vamos aceitar dissolver a Assembleia Constituinte. Esse é o limite." Os protestos contra o partido islamita Ennahda, moderado, aumentaram depois da morte, na semana passada, de um político de esquerda, o segundo a ser assassinado em seis meses, atrapalhando uma transição política tensa que começou quando os tunisianos derrubaram um líder autocrata em 2011.

Enquanto os políticos brigam, o Exército luta para conter militantes islâmicos que mataram oito soldados na segunda-feira na região montanhosa perto da fronteira argelina, em um dos ataques mais sangrentos contra tropas tunisianas em décadas.

O poderoso Sindicato Trabalhista Geral Tunisiano (UGTT), que tem cerca de 600.000 membros nos setores público e privado, disse que um governo tecnocrata deveria substituir o liderado pelo Ennahda.

"Consideramos esse governo incapaz de continuar seu trabalho", disse Hussein Abbassi, chefe do UGTT, em um comunicado.

Embora endosse os pedidos para que o governo caia, o UGTT também se opõe a dissolver a assembleia --uma medida que colocaria o frágil processo de transição da Tunísia no limbo.

Coalizão bagunçada

"Propomos manter a Assembleia Constituinte, mas... com um cronograma para acelerar o término de seu trabalho", disse Abbassi, secretário-geral do UGTT, que paralisou grande parte do país com uma greve de um dia na sexta-feira.

A oposição secular, energizada pela derrubada do presidente islâmico eleito do Egito neste mês, aumentou a pressão para que o governo do Ennahda deixe o cargo.

A coalizão governista liderada pelo primeiro-ministro Ali Larayedh começou a se desgastar nos últimos dias, enquanto a agitação política e a inquietação nas ruas atingem a nação norte-africana de 11 milhões de habitantes.

O ministro do Interior, Lotfi Ben Jeddou, juiz e político independente da região de al-Qasreen, perto de onde as tropas foram emboscadas por militantes, disse que estava ansioso para sair.

"Estou pronto para renunciar", disse à emissora de rádio local Mosaique. "Um governo de salvação ou um governo de unidade nacional deve ser formado para tirar a Tunísia dessa obstrução."

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Túnis - O maior sindicato da Tunísia pediu nesta terça-feira a dissolução do governo liderado por islâmicos, e o ministro do Interior ofereceu sua renúncia enquanto a crise política no país se aprofunda.

Amenizando sua rejeição aos pedidos, o partido islâmico Ennahda, que governa em coalizão com dois partidos seculares pequenos, disse que estava pronto para um novo governo, mas que não dissolveria um órgão eleito que quase completou um novo esboço da constituição.

"Estamos abertos a todas as propostas para chegar a um acordo, inclusive um governo de unidade ou de salvação", disse Ameur Larayedh, do Ennahda, à Reuters. "Mas não vamos aceitar dissolver a Assembleia Constituinte. Esse é o limite." Os protestos contra o partido islamita Ennahda, moderado, aumentaram depois da morte, na semana passada, de um político de esquerda, o segundo a ser assassinado em seis meses, atrapalhando uma transição política tensa que começou quando os tunisianos derrubaram um líder autocrata em 2011.

Enquanto os políticos brigam, o Exército luta para conter militantes islâmicos que mataram oito soldados na segunda-feira na região montanhosa perto da fronteira argelina, em um dos ataques mais sangrentos contra tropas tunisianas em décadas.

O poderoso Sindicato Trabalhista Geral Tunisiano (UGTT), que tem cerca de 600.000 membros nos setores público e privado, disse que um governo tecnocrata deveria substituir o liderado pelo Ennahda.

"Consideramos esse governo incapaz de continuar seu trabalho", disse Hussein Abbassi, chefe do UGTT, em um comunicado.

Embora endosse os pedidos para que o governo caia, o UGTT também se opõe a dissolver a assembleia --uma medida que colocaria o frágil processo de transição da Tunísia no limbo.

Coalizão bagunçada

"Propomos manter a Assembleia Constituinte, mas... com um cronograma para acelerar o término de seu trabalho", disse Abbassi, secretário-geral do UGTT, que paralisou grande parte do país com uma greve de um dia na sexta-feira.

A oposição secular, energizada pela derrubada do presidente islâmico eleito do Egito neste mês, aumentou a pressão para que o governo do Ennahda deixe o cargo.

A coalizão governista liderada pelo primeiro-ministro Ali Larayedh começou a se desgastar nos últimos dias, enquanto a agitação política e a inquietação nas ruas atingem a nação norte-africana de 11 milhões de habitantes.

O ministro do Interior, Lotfi Ben Jeddou, juiz e político independente da região de al-Qasreen, perto de onde as tropas foram emboscadas por militantes, disse que estava ansioso para sair.

"Estou pronto para renunciar", disse à emissora de rádio local Mosaique. "Um governo de salvação ou um governo de unidade nacional deve ser formado para tirar a Tunísia dessa obstrução."

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