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Maior petroleira do mundo é atacada por drones na Arábia Saudita

Saudi Aramco anunciou uma "redução temporária" na produção de petróleo após uma de suas refinarias ser bombardeada pelo Iêmen; os sauditas lideram uma coalizão que luta no país vizinho

Helicóptero em instalações da Saudi Aramco na Arábia Saudita: produção de petróleo será reduzida após ataque (Maya Siddiqui/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Helicóptero em instalações da Saudi Aramco na Arábia Saudita: produção de petróleo será reduzida após ataque (Maya Siddiqui/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 20 de março de 2022 às 16h18.

A Arábia Saudita anunciou neste domingo (20) uma "redução temporária" na produção de petróleo nas instalações de sua petrolífera Aramco, afetada por um ataque de rebeldes houthis do vizinho Iêmen.

Os houthis lançaram vários ataques noturnos com drones e mísseis contra alvos na Arábia Saudita, país que desde 2015 lidera uma coalizão militar no Iêmen que apoia o governo contra os rebeldes apoiados pelo Irã.

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Um dos ataques à refinaria Yasref, na cidade industrial de Yanbu, no Mar Vermelho, "resultou em uma redução temporária na produção (...), que será compensada pelos estoques", disse o Ministério da Energia saudita em comunicado, sem especificar seu escopo. Não houve vítimas.

Segundo um funcionário do ministério, dois drones foram lançados sobre a usina de gás de Yanbu e outro sobre a refinaria Yasref, que produz 400 mil barris por dia, segundo seu site.

Os houthis, que atacam regularmente a Arábia Saudita, disseram neste domingo que haviam lançado drones e mísseis contra instalações "vitais e importantes", incluindo as da Aramco.

A coalizão indicou, por sua vez, que as defesas aéreas sauditas haviam interceptado e destruído mísseis balísticos disparados contra a cidade de Jizan e nove drones armados que visavam outras áreas do país, o maior exportador de petróleo do mundo.

Neste domingo, a coalizão anunciou um "novo ataque hostil" direcionado à "estação de distribuição de petróleo" da Aramco em Jidá.

O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, denunciou os ataques "terroristas" em nota, dizendo que Washington "continuará a apoiar totalmente seus parceiros na defesa de seu território contra os ataques dos houthis".

 

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