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Maduro pede a Kuczynski que se retrate por "ofensas"

O presidente peruano disse na semana passada nos Estados Unidos que a América Latina é como um "cachorro simpático adormecido"

Maduro: "Vocês tinham visto alguma vez algum líder, algum latino-americano, que dissesse de nós mesmos que somos uns cachorros jogados, que não somos levados em conta pelas elites dos Estados Unidos porque estamos jogados?" (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 21h53.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, pediu nesta sexta-feira a seu homólogo peruano , Pedro Pablo Kuczynski, que se retrate pelo que considera que foram "ofensas" contra a região em declarações que fez na semana passada nos Estados Unidos nas quais afirmou que a América Latina é como um "cachorro simpático adormecido".

"Eu, em nome do povo venezuelano e, me atrevo, em nome de toda a América Latina e do Caribe, faço um chamado ao presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, para que publicamente se retrate e retifique estas declarações ofensivas para o gentilício, para o sentimento latino-americano e caribenho", declarou Maduro.

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O presidente venezuelano fez este pedido durante um ato governamental no estado de Monagas que foi transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão, na qual também afirmou que as declarações que deu seu homólogo peruano são "uma barbaridade".

"Absolutamente inédito o que diz este presidente do Peru, que a América Latina é um cachorro jogado. Vocês tinham visto alguma vez algum líder, algum latino-americano, que dissesse de nós mesmos que somos uns cachorros jogados, que não somos levados em conta pelas elites dos Estados Unidos porque estamos jogados?", se perguntou.

No último dia 25 de fevereiro, Kuczynski declarou - durante uma homenagem que recebeu na americana Universidade de Princeton, onde estudou - que os Estados Unidos se focam nas regiões que causam problemas e, por isso, "não investem muito tempo na América Latina".

O presidente peruano disse que isto se devia ao fato que a América Latina "é como um cachorro simpático que está dormindo no tapete e não gera nenhum problema, mas, no caso da Venezuela, esse sim é um grande problema".

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