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Maduro e Santos chegam a acordo para reabertura da fronteira

Abertura será "ordenada, controlada e gradual"

Guarda nacional da Venezuela patrulha fronteira com Colômbia: abertura será "ordenada, controlada e gradual" (Reuters / Isaac Urrutia)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 21h33.

Represa de Macagua - Os presidentes da Venezuela , Nicolás Maduro, e da Colômbia , Juan Manuel Santos, chegaram a um acordo nesta quinta-feira para a abertura "ordenada, controlada e gradual" da extensa fronteira entre ambos países, fechada há quase um ano por decisão de Caracas.

"Vamos abrir a fronteira de forma ordenada, de forma controlada e de forma gradual", anunciou Santos em entrevista coletiva junto a Maduro após a reunião de cerca de duas horas e meia que ambos tiveram na represa de Macagua, localizada no estado venezuelano de Bolívar.

Os governantes informaram que a abertura da fronteira começará com a passagem de pedestres em cinco pontos do limite fronteiriço a partir do próximo sábado, 13 de agosto, e que estará sob um "controle migratório".

"Será expedido um documento que se denominou de facilitação fronteiriça (...) para que os moradores da fronteira de lado e lado tenham as facilidades, mas também se possa controlar quem entra e quem sai", detalhou Santos.

O presidente colombiano também destacou que a segurança na fronteira será uma questão-chave para que possa haver normalidade na região fronteiriça e que, para isso, foi criado um centro binacional para "a luta contra o crime internacional", aspecto do qual se encarregarão os ministros de segurança de ambos países.

Na área comercial também haverá uma mesa binacional que operará para "a troca permanente de informação aduaneira", devido ao contrabando de diferentes produtos na região.

Os dois países também decidiram realizar uma reunião no próximo dia 23 de agosto para tratar o tema da gasolina e do gás que se trafica da Venezuela à Colômbia.

"Estamos vendo como se pode gerar ideias criativas como a de ter postos de gasolina em território colombiano operados pela PDVSA, com gasolina venezuelana, a um preço inferior ao preço que se vende na Colômbia", comentou Santos.

Essa ideia foi reforçada pelo presidente venezuelano, que garantiu que farão o maior esforço para combater o contrabando de combustível.

Maduro afirmou ainda que a decisão de reabrir a fronteira foi tomada em 23 de julho quando ambos presidentes se reuniram em Havana e disse que conversaram com seus ministros para que haja muita "eficácia e muita eficiência" no processo de abertura.

"Acredito que estamos próximos de dar o exemplo de como é possível construir e reconstruir relações de todo tipo, humanas, políticas, diplomáticas", frisou Maduro.

O presidente venezuelano se referiu também ao processo de paz na Colômbia e disse a Santos que a Venezuela seguirá fazendo tudo o que estiver a seu alcance para garantir a paz no país vizinho.

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Represa de Macagua - Os presidentes da Venezuela , Nicolás Maduro, e da Colômbia , Juan Manuel Santos, chegaram a um acordo nesta quinta-feira para a abertura "ordenada, controlada e gradual" da extensa fronteira entre ambos países, fechada há quase um ano por decisão de Caracas.

"Vamos abrir a fronteira de forma ordenada, de forma controlada e de forma gradual", anunciou Santos em entrevista coletiva junto a Maduro após a reunião de cerca de duas horas e meia que ambos tiveram na represa de Macagua, localizada no estado venezuelano de Bolívar.

Os governantes informaram que a abertura da fronteira começará com a passagem de pedestres em cinco pontos do limite fronteiriço a partir do próximo sábado, 13 de agosto, e que estará sob um "controle migratório".

"Será expedido um documento que se denominou de facilitação fronteiriça (...) para que os moradores da fronteira de lado e lado tenham as facilidades, mas também se possa controlar quem entra e quem sai", detalhou Santos.

O presidente colombiano também destacou que a segurança na fronteira será uma questão-chave para que possa haver normalidade na região fronteiriça e que, para isso, foi criado um centro binacional para "a luta contra o crime internacional", aspecto do qual se encarregarão os ministros de segurança de ambos países.

Na área comercial também haverá uma mesa binacional que operará para "a troca permanente de informação aduaneira", devido ao contrabando de diferentes produtos na região.

Os dois países também decidiram realizar uma reunião no próximo dia 23 de agosto para tratar o tema da gasolina e do gás que se trafica da Venezuela à Colômbia.

"Estamos vendo como se pode gerar ideias criativas como a de ter postos de gasolina em território colombiano operados pela PDVSA, com gasolina venezuelana, a um preço inferior ao preço que se vende na Colômbia", comentou Santos.

Essa ideia foi reforçada pelo presidente venezuelano, que garantiu que farão o maior esforço para combater o contrabando de combustível.

Maduro afirmou ainda que a decisão de reabrir a fronteira foi tomada em 23 de julho quando ambos presidentes se reuniram em Havana e disse que conversaram com seus ministros para que haja muita "eficácia e muita eficiência" no processo de abertura.

"Acredito que estamos próximos de dar o exemplo de como é possível construir e reconstruir relações de todo tipo, humanas, políticas, diplomáticas", frisou Maduro.

O presidente venezuelano se referiu também ao processo de paz na Colômbia e disse a Santos que a Venezuela seguirá fazendo tudo o que estiver a seu alcance para garantir a paz no país vizinho.

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