Macron alerta população para que se prepare para corte total de gás russo
Presidente francês afirmou que seu país continuará procurando diversificar as fontes de gás
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de julho de 2022 às 15h25.
Última atualização em 14 de julho de 2022 às 15h42.
O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou o povo de seu país nesta quinta-feira, 14, para se preparar para um corte total do gás natural russo . Ele destacou medidas como apoio a fontes alternativas de energia, desligar as luzes públicas à noite e engajar-se para um período de "sobriedade" energética nacional.
A invasão russa na Ucrânia e as sanções que se seguiram agravaram outros fatores que elevaram os preços da energia e outros bens. Sem fim à vista para a guerra na Ucrânia, disse Macron, os franceses devem se preparar para que os custos permaneçam altos.
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"Esta guerra vai continuar", disse ele em uma entrevista televisionada que marca o feriado nacional da França, o Dia da Bastilha. "O verão e o início do outono serão muito difíceis".
"A Rússia está usando energia, como está usando comida, como arma de guerra", afirmou Macron. "Devemos nos preparar para o cenário em que teremos de ficar sem todo o gás russo".
Ele disse que o governo prepararia um "plano de sobriedade" para economizar energia, que começaria com o desligamento das luzes públicas à noite quando estas não forem úteis.
A França continuará procurando diversificar as fontes de gás, disse Macron, pedindo uma mudança mais rápida para parques eólicos e mais cooperação energética na fronteira para enfrentar a crise atual.
Os oponentes políticos de Macron na extrema direita e na extrema esquerda culparam as sanções da União Europeia por reduzir o poder de compra dos consumidores franceses, ao mesmo tempo que não conseguiram persuadir o presidente russo, Vladimir Putin, a retirar tropas da Ucrânia.
O presidente da França não deu nenhuma indicação durante a entrevista de mudança de política em relação à Ucrânia.
"O que você quer que façamos?" ele perguntou. "Queremos parar esta guerra sem nos envolvermos nesta guerra. Ao mesmo tempo, queremos fazer tudo para que a Rússia não vença, para que a Ucrânia possa defender seu território. Não queremos uma guerra mundial."