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Luto nacional no Níger por morte de 92 imigrantes no deserto

Apenas 21 pessoas, de um total de 113, sobreviveram a esta viagem, segundo uma fonte dos serviços de segurança

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 19h43.

Niamei - O governo nigerino decretou a partir desta sexta-feira três dias de luto nacional depois que 92 migrantes, em sua maioria mulheres e crianças, morreram de sede no deserto, no último grande acidente migratório registrado neste ano.

Profundamente abalado pelo drama, que custou a vida de 55 crianças, 33 mulheres e 7 homens, todos nigerinos que tentavam chegar à Argélia no início de outubro, Niamei apresentou suas condolências às famílias e convidou a população a orar pela memória dos desaparecidos.

As bandeiras estavam a meio mastro nesta sexta-feira em todo o território nigerino em homenagem às vítimas, especialmente na Assembleia Nacional, no estádio de Niamey e no Palácio de Congressos, comprovou um jornalista da AFP.

Sadafiu, um sobrevivente de 30 anos que perdeu três de seus parentes na viagem, explicou há vários dias a uma rádio que o grupo do qual formava parte, originário do sul do Níger, tentava escapar das más colheitas anunciadas.

"Um de nós viu sua mulher e seus nove filhos morrerem", contou.

Apenas 21 pessoas, de um total de 113, sobreviveram a esta viagem, segundo uma fonte dos serviços de segurança.

As vítimas "morreram de sede, seus dois veículos sofreram avarias quase simultaneamente", explicou à AFP o prefeito de Agadez, Rhissa Feltou.

"No deserto a sede não perdoa. Os mais fortes podem aguentar três ou quatro dias, mas em geral após 24 ou 48 horas começa um processo que leva a uma morte rápida", acrescentou.

Esta tragédia reavivou mais uma vez o debate sobre a imigração clandestina dos africanos, após o incidente de Lampedusa no início de outubro, quando 360 clandestinos morreram, sobretudo eritreus, no naufrágio de seu barco em frente a esta ilha italiana. Desde então, outras dezenas de imigrantes morreram no mar.

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As bandeiras estavam a meio mastro nesta sexta-feira em todo o território nigerino em homenagem às vítimas, especialmente na Assembleia Nacional, no estádio de Niamey e no Palácio de Congressos, comprovou um jornalista da AFP.

Sadafiu, um sobrevivente de 30 anos que perdeu três de seus parentes na viagem, explicou há vários dias a uma rádio que o grupo do qual formava parte, originário do sul do Níger, tentava escapar das más colheitas anunciadas.

"Um de nós viu sua mulher e seus nove filhos morrerem", contou.

Apenas 21 pessoas, de um total de 113, sobreviveram a esta viagem, segundo uma fonte dos serviços de segurança.

As vítimas "morreram de sede, seus dois veículos sofreram avarias quase simultaneamente", explicou à AFP o prefeito de Agadez, Rhissa Feltou.

"No deserto a sede não perdoa. Os mais fortes podem aguentar três ou quatro dias, mas em geral após 24 ou 48 horas começa um processo que leva a uma morte rápida", acrescentou.

Esta tragédia reavivou mais uma vez o debate sobre a imigração clandestina dos africanos, após o incidente de Lampedusa no início de outubro, quando 360 clandestinos morreram, sobretudo eritreus, no naufrágio de seu barco em frente a esta ilha italiana. Desde então, outras dezenas de imigrantes morreram no mar.

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