Lula: PT deve buscar alianças para eleições municipais
Ex-presidente acha que a chapa para prefeitura deve dialogar com eleitorado diferente do que a legenda atinge normalmente
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2011 às 14h18.
São Paulo - Em reunião nesta manhã com prefeitos do PT no Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o partido busque alianças para as eleições municipais de 2012 e procure candidatos a vice-prefeito que dialoguem com setores da sociedade civil que o PT ainda tem dificuldade de atingir. Lula citou seu ex-vice-presidente José Alencar como exemplo importante em sua vitória de 2002.
"É muito difícil o PT sozinho ganhar uma eleição. Ele (Lula) falou da importância de se escolher um bom vice que dialogue com setores que nós tradicionalmente não conseguimos dialogar e que o ideal é que todo mundo tivesse um vice como o Alencar", relatou o presidente do Diretório Estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva. Lula evitou falar com os jornalistas e deixou o hotel após o término da reunião.
Lula teve um encontro, que durou mais de duas horas, com 32 prefeitos paulistas do PT, 21 vices e 24 deputados estaduais e federais, em um hotel em Osasco, na Grande São Paulo. Também participaram da reunião os ex-ministros José Dirceu e Luiz Dulci, além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O encontro foi agendado pela Executiva Estadual do partido para discutir as estratégias para a sucessão municipal. Mas não foram debatidas nem metas nem nomes de potenciais candidatos para a disputa.
Classe média
Uma das preocupações do PT é com a nova classe média que ascendeu com o crescimento do País e as políticas sociais adotadas pelo governo Lula. "É um setor que está formando sua identidade sócio cultural e precisamos estimular valores, como a solidariedade e o desenvolvimento sustentável, que são valores progressistas. Do contrário, eles (a nova classe média) serão cooptados por valores conservadores", afirmou Edinho.
Para o deputado, o PT precisa não só dialogar com "os órfãos do malufismo" (referindo-se aos eleitores do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf) como compreender a formação intelectual e cultural desses brasileiros. "Esses (os ex-malufistas), temos de dialogar também, mas o que mais me preocupa é o setor emergente que se pauta pelo individualismo e pela competição".
De acordo com Edinho, Lula não discutiu a crise enfrentada pelo PSDB e disse que o PT precisa centrar seu trabalho em sua organização para 2012. "Ele (Lula) acha que o PT tem de cuidar da sua organização e ter pouca preocupação com os outros partidos. Nós temos o que mostrar e temos de olhar para nossa própria casa", afirmou Edinho. Embora tenha uma agenda de compromissos em todo o Brasil e também no exterior, Lula se colocou à disposição dos petistas para trabalhar na campanha do próximo ano.
São Paulo - Em reunião nesta manhã com prefeitos do PT no Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o partido busque alianças para as eleições municipais de 2012 e procure candidatos a vice-prefeito que dialoguem com setores da sociedade civil que o PT ainda tem dificuldade de atingir. Lula citou seu ex-vice-presidente José Alencar como exemplo importante em sua vitória de 2002.
"É muito difícil o PT sozinho ganhar uma eleição. Ele (Lula) falou da importância de se escolher um bom vice que dialogue com setores que nós tradicionalmente não conseguimos dialogar e que o ideal é que todo mundo tivesse um vice como o Alencar", relatou o presidente do Diretório Estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva. Lula evitou falar com os jornalistas e deixou o hotel após o término da reunião.
Lula teve um encontro, que durou mais de duas horas, com 32 prefeitos paulistas do PT, 21 vices e 24 deputados estaduais e federais, em um hotel em Osasco, na Grande São Paulo. Também participaram da reunião os ex-ministros José Dirceu e Luiz Dulci, além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O encontro foi agendado pela Executiva Estadual do partido para discutir as estratégias para a sucessão municipal. Mas não foram debatidas nem metas nem nomes de potenciais candidatos para a disputa.
Classe média
Uma das preocupações do PT é com a nova classe média que ascendeu com o crescimento do País e as políticas sociais adotadas pelo governo Lula. "É um setor que está formando sua identidade sócio cultural e precisamos estimular valores, como a solidariedade e o desenvolvimento sustentável, que são valores progressistas. Do contrário, eles (a nova classe média) serão cooptados por valores conservadores", afirmou Edinho.
Para o deputado, o PT precisa não só dialogar com "os órfãos do malufismo" (referindo-se aos eleitores do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf) como compreender a formação intelectual e cultural desses brasileiros. "Esses (os ex-malufistas), temos de dialogar também, mas o que mais me preocupa é o setor emergente que se pauta pelo individualismo e pela competição".
De acordo com Edinho, Lula não discutiu a crise enfrentada pelo PSDB e disse que o PT precisa centrar seu trabalho em sua organização para 2012. "Ele (Lula) acha que o PT tem de cuidar da sua organização e ter pouca preocupação com os outros partidos. Nós temos o que mostrar e temos de olhar para nossa própria casa", afirmou Edinho. Embora tenha uma agenda de compromissos em todo o Brasil e também no exterior, Lula se colocou à disposição dos petistas para trabalhar na campanha do próximo ano.