Luigi Mangione aceita ser transferido a Nova York para enfrentar acusações de homicídio
Suspeito enfrenta 11 acusações, incluindo homicídio em primeiro grau com possível motivação terrorista
Agência de Notícias
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 17h48.
Luigi Mangione concordou, nesta quinta-feira, 19, em um tribunal da Pensilvânia, em ser transferido para Nova York, onde enfrentará várias acusações de homicídio relacionadas à morte de Brian Thompson, diretor executivo da seguradora de saúde UnitedHealthcare, ocorrida há mais de duas semanas.
De acordo com a imprensa americana, Mangione aceitou a transferência — considerada uma "extradição" por envolver estados diferentes — durante audiência conduzida pelo juiz do condado de Blair, na Pensilvânia.
Mangione será enviado para Nova York, onde responde a um total de 11 acusações, incluindo homicídio em primeiro grau, uma delas considerada um "ato terrorista". Caso seja condenado, ele poderá enfrentar pena máxima de prisão perpétua.
“Estamos confiantes em nosso trabalho e na defesa do cliente. Não posso comentar sobre o processo legal entre os advogados e Mangione”, afirmou Thomas Dickey, advogado do réu, após a audiência.
Apoiadores de Mangione se reuniram em frente ao tribunal, exibindo cartazes como “As práticas de seguro aterrorizam as pessoas” e “Matar para obter lucro é terrorismo, libertem Luigi”.
O jovem de 26 anos foi indiciado na última terça-feira por um grande júri de Nova York. Entre as acusações está o homicídio em primeiro grau, geralmente reservado para casos de assassinatos de policiais ou de assassinos em série.
A promotoria argumenta que Mangione agiu para “promover um ato de terrorismo”, com o objetivo de intimidar a população civil e influenciar políticas governamentais. Segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, o acusado esperou a vítima do lado de fora do hotel onde ocorria uma conferência da seguradora e disparou pelas costas, causando terror.
Outras acusações e repercussão nas redes sociais
Além do homicídio em primeiro grau, Mangione enfrenta outras duas acusações de assassinato em segundo grau, sendo uma delas relacionada ao terrorismo. Outras sete acusações envolvem a posse de armas e uma de posse de um "instrumento forjado".
Desde sua prisão, Mangione tem recebido apoio considerável nas redes sociais, com pessoas que o veem como um “herói” e criticam as práticas das seguradoras de saúde dos Estados Unidos.