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Líderes da União Europeia fecham acordo para combater crise energética

Os 27 países da UE discutem há meses sobre como lidar com o aumento exponencial das tarifas de energia, mas, com a aproximação do inverno boreal, enfrentam uma grande pressão para definir saídas concretas

Europa: Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia incluirá aborto como direito. (Yves Herman/Reuters)
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AFP

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 07h11.

Os líderes dos 27 países da União Europeia (UE) fecharam na madrugada desta sexta-feira, em Bruxelas, um acordo sobre um "mapa" para avançar em uma resposta comum para a crise energética e manter a união do bloco, diante de divergências evidentes.

"Chegamos a um acordo sobre a questão energética", anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. "Existe uma forte determinação, compartilhada por unanimidade, de agirmos juntos como europeus para atingirmos três objetivos: preços mais baixos, garantir a segurança no fornecimento e seguir trabalhando para reduzir a demanda", disse.

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"Temos agora um mapa sólido para continuarmos trabalhando no tópico dos preços da energia", destacou a titular da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentando que as primeiras propostas concretas poderão ser analisadas a partir da próxima semana pelos ministros da Energia dos países do bloco, que têm na agenda uma reunião em Luxemburgo.

No segmento das conclusões da reunião relacionadas à questão energética, o texto regista um chamado à Comissão Europeia para que "apresente com urgência decisões concretas". Os líderes também destacaram nas conclusões que, à luz da crise atual, os esforços visando a “reduzir os preços da energia para lares e empresas devem ser acelerados e intensificados”.

Os 27 países da UE discutem há meses sobre como lidar com o aumento exponencial das tarifas de energia, mas, com a aproximação do inverno boreal, enfrentam uma grande pressão para definir saídas concretas.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, chegou a sugerir a adoção de um preço máximo para todas as compras de gás, embora a ideia tenha se chocado com as objeções da Alemanha, maior economia do grupo, que questiona a eficácia dessa iniciativa.

Acelerar negociações

No primeiro dia de reunião, os países do bloco concordaram em promover compras conjuntas e voluntárias de gás que cubram pelo menos uma meta obrigatória de 15% das metas de preenchimento de reservas. Também apoiaram uma "aceleração das negociações" com países produtores "confiáveis", como Noruega e Estados Unidos, para "aproveitar o peso econômico agregado" da UE.

Os dirigentes também pedem um projeto específico de mecanismo temporário de limite do preço do gás para a produção de eletricidade, um sistema já implantado em Espanha e Portugal, e que a França, em particular, pede que seja estendido a toda a UE.

Ao deixar a sede do encontro, o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, disse que os entendimentos alcançados após mais de 11 horas de diálogo constituem "um bom progresso". A prioridade, segundo ele, era "limitar as flutuações" do preço da energia, "que podem provocar especulação".

"Estamos pedindo decisões concretas", assinalou o presidente francês, Emmanuel Macron. Para ele, "será realmente no fim de outubro ou no começo de novembro que teremos mecanismos que possam ser implementados".

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