Líder ucraniano inicia diálogo com manifestantes
Viktor Yanukovich fez poucas concessões em sua primeira tentativa direta de acalmar protestos do país
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 19h22.
Kiev - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, fez poucas concessões nesta sexta-feira no diálogo com a oposição sobre a crise, em sua primeira tentativa direta de acalmar os protestos desencadeados pela decisão do governo de se aproximar da Rússia e se afastar da União Europeia.
O encontro ocorreu enquanto manifestantes chegavam à capital, vindo principalmente de regiões do oeste do país para um grande protesto no domingo, animando milhares de pessoas já acampadas na Praça Independência, de Kiev, ponto central das recentes manifestações.
A Rússia, porém, exigiu claramente que a União Europeia fique longe dos assuntos internos ucranianos.
Yanukovich, cedendo a pedidos da comunidade internacional, começou conversações diretas com a oposição para tentar encontrar um meio de sair da crise que colocou a Ucrânia no centro de um cabo de guerra Leste-Oeste.
Mas com a oposição insistindo em questões centrais como a dissolução do governo, parece improvável que as conversações evitem uma nova demonstração de ira contra ele no domingo.
"Essa mesa-redonda era simplesmente uma declaração e não foi dado um passo sequer para atender à oposição. Eu tenho a impressão de que as autoridades hoje não escutaram nenhuma demanda sequer da oposição", disse o campeão de boxe, agora político oposicionista, Vitaly Klitschko.
Apesar de representantes de seu governo terem ido a Bruxelas para conseguir ajuda financeira da UE para a Ucrânia, que está quase à beira da falência, Yanukovich ainda parece prestes a ir a Moscou em 17 de dezembro para firmar um acordo comercial que a oposição teme possa fechar a porta para a integração do país à União Europeia.
Numa amostra da dimensão das questões geopolíticas em jogo, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse nesta sexta-feira que a Ucrânia tem de evitar uma "ruptura tectônica".
Ele afirmou que a presença de políticos da UE nos protestos de Kiev era "uma interferência grosseira" nos assuntos da Ucrânia - numa clara referência à chefe da Política Externa da UE, Catherine Ashton, e ministros de Relações Exteriores do bloco europeu que visitaram acampamentos de protestos nas últimas semanas.
A mesa redonda foi o primeiro encontro direto que qualquer um dos três líderes oposicionistas teve com Yanukovich em meses de crise sobre a questão da aproximação com a UE.
A questão atingiu seu ponto alto em 21 de novembro, quando o governo repentinamente abandonou um histórico acordo político e comercial com a UE depois de anos de preparativos e anunciou que, em vez disso, iria reforçar suas relações comerciais com a Rússia, a república dominante da extinta União Soviética, da qual a Ucrânia fazia parte.
Depois disso, a capital vem sendo palco de manifestações de protesto de centenas de milhares de pessoas nos fins de semana, que acusam Yanukovich de retroceder no tempo e vender os interesses nacionais para Moscou.
Kiev - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, fez poucas concessões nesta sexta-feira no diálogo com a oposição sobre a crise, em sua primeira tentativa direta de acalmar os protestos desencadeados pela decisão do governo de se aproximar da Rússia e se afastar da União Europeia.
O encontro ocorreu enquanto manifestantes chegavam à capital, vindo principalmente de regiões do oeste do país para um grande protesto no domingo, animando milhares de pessoas já acampadas na Praça Independência, de Kiev, ponto central das recentes manifestações.
A Rússia, porém, exigiu claramente que a União Europeia fique longe dos assuntos internos ucranianos.
Yanukovich, cedendo a pedidos da comunidade internacional, começou conversações diretas com a oposição para tentar encontrar um meio de sair da crise que colocou a Ucrânia no centro de um cabo de guerra Leste-Oeste.
Mas com a oposição insistindo em questões centrais como a dissolução do governo, parece improvável que as conversações evitem uma nova demonstração de ira contra ele no domingo.
"Essa mesa-redonda era simplesmente uma declaração e não foi dado um passo sequer para atender à oposição. Eu tenho a impressão de que as autoridades hoje não escutaram nenhuma demanda sequer da oposição", disse o campeão de boxe, agora político oposicionista, Vitaly Klitschko.
Apesar de representantes de seu governo terem ido a Bruxelas para conseguir ajuda financeira da UE para a Ucrânia, que está quase à beira da falência, Yanukovich ainda parece prestes a ir a Moscou em 17 de dezembro para firmar um acordo comercial que a oposição teme possa fechar a porta para a integração do país à União Europeia.
Numa amostra da dimensão das questões geopolíticas em jogo, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse nesta sexta-feira que a Ucrânia tem de evitar uma "ruptura tectônica".
Ele afirmou que a presença de políticos da UE nos protestos de Kiev era "uma interferência grosseira" nos assuntos da Ucrânia - numa clara referência à chefe da Política Externa da UE, Catherine Ashton, e ministros de Relações Exteriores do bloco europeu que visitaram acampamentos de protestos nas últimas semanas.
A mesa redonda foi o primeiro encontro direto que qualquer um dos três líderes oposicionistas teve com Yanukovich em meses de crise sobre a questão da aproximação com a UE.
A questão atingiu seu ponto alto em 21 de novembro, quando o governo repentinamente abandonou um histórico acordo político e comercial com a UE depois de anos de preparativos e anunciou que, em vez disso, iria reforçar suas relações comerciais com a Rússia, a república dominante da extinta União Soviética, da qual a Ucrânia fazia parte.
Depois disso, a capital vem sendo palco de manifestações de protesto de centenas de milhares de pessoas nos fins de semana, que acusam Yanukovich de retroceder no tempo e vender os interesses nacionais para Moscou.