Líder islamita curdo e mais duas pessoas morrem na Turquia
Ao menos três pessoas morreram durante tiroteio no sudeste do país, o que gerou o temor de uma nova onda de violência
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 16h12.
Istambul - Pelo menos três pessoas, entre elas um líder islamita curdo, morreram nesta terça-feira em um confronto a tiros no sudeste da Turquia , o que gerou o temor de uma nova onda de violência entre curdos islamitas e esquerdistas como a do ano passado, que causou dezenas de mortes .
Aytaç Baran, presidente da associação Ihya e membro do partido curdo islamita Hüda-Par, foi assassinado a tiros em um bairro de Diyarbakir, capital da população curda no sudeste da Turquia, aparentemente após um confronto com outro grupo.
Outras duas pessoas que pertenciam a seu entorno político também foram mortas, segundo o jornal "Cumhuriyet", citando um comunicado da Promotoria de Diyarbakir.
Além disso, três pessoas ficaram feridas, duas delas jornalistas, que foram atingidos quando homens armados atiraram para afastá-los do local, informou a emissora "CNNtürk".
A polícia interveio disparando bombas de gás lacrimogêneo contra os atiradores e iniciou uma ampla operação com vários blindados para detê-los.
Horas depois, três suspeitos que portavam pistolas foram detidos, segundo um comunicado do Ministério do Interior, que não esclareceu os motivos do confronto e a qual lado pertenciam.
O advogado de Baran atribuiu a responsabilidade dos fatos a um grupo do YDG-H, ala jovem e urbana do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), tradicionalmente rival das redes islamitas curdas, informa o jornal "Radikal".
O YDG-H rejeitou imediatamente essa responsabilidade em mensagem no Twitter e qualificou o episódio como uma "provocação dos serviços secretos".
Vários simpatizantes do partido islamita Hüda-Par saíram às ruas com fuzis e gritando palavras de ordem contra o PKK, informaram à Agência Efe por telefone algumas testemunhas.
O islamita Hüda-Par, frequentemente considerado sucessor do grupo terrorista curdo Hezbollah (não relacionado com o partido libanês homônimo), obteve só 90 mil votos nas eleições locais de 2014 e não concorreu no pleito geral do domingo passado, mas mantém uma grande influência nas universidades e redes sociais.
Os dirigentes do partido pró-curdo e esquerdista HDP, quarta principal força do parlamento e entre cujo eleitorado há setores próximos à YDG-H, condenaram o assassinato imediatamente e manifestaram condolências à família de Baran.
"Em Diyarbakir se encena um sujo truque. Querem desencadear uma guerra interna. Todos os partidos devem agir com prudência", pediu o codirigente do HDP, Selahattin Demirtas, em mensagem no Twitter.
Istambul - Pelo menos três pessoas, entre elas um líder islamita curdo, morreram nesta terça-feira em um confronto a tiros no sudeste da Turquia , o que gerou o temor de uma nova onda de violência entre curdos islamitas e esquerdistas como a do ano passado, que causou dezenas de mortes .
Aytaç Baran, presidente da associação Ihya e membro do partido curdo islamita Hüda-Par, foi assassinado a tiros em um bairro de Diyarbakir, capital da população curda no sudeste da Turquia, aparentemente após um confronto com outro grupo.
Outras duas pessoas que pertenciam a seu entorno político também foram mortas, segundo o jornal "Cumhuriyet", citando um comunicado da Promotoria de Diyarbakir.
Além disso, três pessoas ficaram feridas, duas delas jornalistas, que foram atingidos quando homens armados atiraram para afastá-los do local, informou a emissora "CNNtürk".
A polícia interveio disparando bombas de gás lacrimogêneo contra os atiradores e iniciou uma ampla operação com vários blindados para detê-los.
Horas depois, três suspeitos que portavam pistolas foram detidos, segundo um comunicado do Ministério do Interior, que não esclareceu os motivos do confronto e a qual lado pertenciam.
O advogado de Baran atribuiu a responsabilidade dos fatos a um grupo do YDG-H, ala jovem e urbana do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), tradicionalmente rival das redes islamitas curdas, informa o jornal "Radikal".
O YDG-H rejeitou imediatamente essa responsabilidade em mensagem no Twitter e qualificou o episódio como uma "provocação dos serviços secretos".
Vários simpatizantes do partido islamita Hüda-Par saíram às ruas com fuzis e gritando palavras de ordem contra o PKK, informaram à Agência Efe por telefone algumas testemunhas.
O islamita Hüda-Par, frequentemente considerado sucessor do grupo terrorista curdo Hezbollah (não relacionado com o partido libanês homônimo), obteve só 90 mil votos nas eleições locais de 2014 e não concorreu no pleito geral do domingo passado, mas mantém uma grande influência nas universidades e redes sociais.
Os dirigentes do partido pró-curdo e esquerdista HDP, quarta principal força do parlamento e entre cujo eleitorado há setores próximos à YDG-H, condenaram o assassinato imediatamente e manifestaram condolências à família de Baran.
"Em Diyarbakir se encena um sujo truque. Querem desencadear uma guerra interna. Todos os partidos devem agir com prudência", pediu o codirigente do HDP, Selahattin Demirtas, em mensagem no Twitter.