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Líder da oposição pede que Maduro se veja refletido em Dilma

O deputado lembrou que Maduro e outros governistas disseram que não será possível realizar um referendo revogatório este ano

Nicolás Maduro: o deputado lembrou que Maduro e outros governistas disseram que não será possível realizar um referendo revogatório este ano (REUTERS/Miraflores)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 12h41.

Caracas - O líder da oposição no parlamento da Venezuela , Julio Borges, pediu nesta quinta-feira ao presidente, Nicolás Maduro , que "se veja refletido no espelho" da presidente Dilma Rousseff , afastada do cargo após o Senado abrir o julgamento de impeachment dela.

"Hoje saiu Dilma (Rousseff) do poder, uma mulher que até duas, três semanas dizia que era impossível deixar o poder, que Nicolás Maduro se veja refletido nesse espelho, quando um povo tem determinação nada nem ninguém pode contê-lo, e isso está acontecendo na Venezuela", disse Borges à emissora privada "Radio Unón".

O deputado lembrou que Maduro e outros governistas disseram que não será possível realizar um referendo revogatório este ano.

O revogatório é um dos mecanismos constitucionais pelos quais a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) apostou para tentar pôr fim ao governo de Maduro antes do fim do mandato, em 2019.

A legislação venezuelana estabelece que é possível revogar qualquer funcionário designado mediante eleição popular até que tenha cumprido completado metade de sua gestão, período que Maduro cumpriu em abril.

No entanto, se o presidente for destituído depois desse prazo, o vice-presidente executivo que deve encerrar o mandato, por isso a oposição tem pressa para conseguir convocar eleições ainda este ano.

Ontem opositores iniciaram uma marcha que terminaria na sede do Poder Eleitoral, onde exigiriam rapidez na ativação do processo para o qual já foram recolhidas, afirmam, mais do que os 1% das assinaturas dos eleitores, percentual necessário para dar andamento ao pedido.

A passeata foi bloqueada por diversos organismos de segurança, o que Borges considerou como "manifestações de um governo frágil, sem base popular, sem discurso e sem propostas para a Venezuela".

"A nós cabe continuar pressionando para que se cumpra a Constituição. O que nós iniciamos com o poder das assinaturas das pessoas é uma força, uma determinação, uma decisão que não tem nenhuma chance de ser freada", ressaltou o parlamentar.

Por sua vez, o líder do governo na Assembleia Nacional, Héctor Rodríguez, condenou através de sua conta Twitter o que qualificou de golpe de Estado contra a presidente brasileira.

"Condenamos o golpe no Brasil. Os poarlamentos não podem anular a soberania popular. A Presidente Dilma (Rousseff) obteve 54 milhões de votos", destacou.

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"Hoje saiu Dilma (Rousseff) do poder, uma mulher que até duas, três semanas dizia que era impossível deixar o poder, que Nicolás Maduro se veja refletido nesse espelho, quando um povo tem determinação nada nem ninguém pode contê-lo, e isso está acontecendo na Venezuela", disse Borges à emissora privada "Radio Unón".

O deputado lembrou que Maduro e outros governistas disseram que não será possível realizar um referendo revogatório este ano.

O revogatório é um dos mecanismos constitucionais pelos quais a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) apostou para tentar pôr fim ao governo de Maduro antes do fim do mandato, em 2019.

A legislação venezuelana estabelece que é possível revogar qualquer funcionário designado mediante eleição popular até que tenha cumprido completado metade de sua gestão, período que Maduro cumpriu em abril.

No entanto, se o presidente for destituído depois desse prazo, o vice-presidente executivo que deve encerrar o mandato, por isso a oposição tem pressa para conseguir convocar eleições ainda este ano.

Ontem opositores iniciaram uma marcha que terminaria na sede do Poder Eleitoral, onde exigiriam rapidez na ativação do processo para o qual já foram recolhidas, afirmam, mais do que os 1% das assinaturas dos eleitores, percentual necessário para dar andamento ao pedido.

A passeata foi bloqueada por diversos organismos de segurança, o que Borges considerou como "manifestações de um governo frágil, sem base popular, sem discurso e sem propostas para a Venezuela".

"A nós cabe continuar pressionando para que se cumpra a Constituição. O que nós iniciamos com o poder das assinaturas das pessoas é uma força, uma determinação, uma decisão que não tem nenhuma chance de ser freada", ressaltou o parlamentar.

Por sua vez, o líder do governo na Assembleia Nacional, Héctor Rodríguez, condenou através de sua conta Twitter o que qualificou de golpe de Estado contra a presidente brasileira.

"Condenamos o golpe no Brasil. Os poarlamentos não podem anular a soberania popular. A Presidente Dilma (Rousseff) obteve 54 milhões de votos", destacou.

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