Legisladores dos EUA estão furiosos com mudanças sobre Cuba
Legisladores republicanos e democratas mostraram sua oposição à aproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, anunciado por Obama
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 18h11.
Washington - Legisladores republicanos e democratas mostraram sua oposição, nesta quarta-feira, à aproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba , anunciado por Barack Obama , acusando o presidente de conceder "tudo" ao regime comunista e alertando que o Congresso deterá qualquer esforço para suspender o embargo econômico.
O senador republicano Marco Rubio qualificou o acordo entre Obama e seu colega cubano, Raul Castro, de "inexplicável" e disse que só atrasará ainda mais a transição de Cuba do comunismo a um sistema democrático.
"A Casa Branca concedeu tudo e ganhou pouco", destacou o cubano-americano Rubio, visivelmente incomodado.
Rubio espera se tornar o novo presidente da Comissão de Assuntos Exteriores para o Hemisfério Ocidental do Senado e anunciou que espera "um par de anos muito interessantes" nos quais será preciso abrir uma embaixada americana em Havana e nomear um embaixador.
"Tenho planejado usar todas as ferramentas à nossa disposição como maioria para reverter a maior quantidade possível destas mudanças", disse, em alusão aos planos anunciados por Obama, que incluem a flexibilização das restrições das viagens à ilha.
Consultado sobre o que o Congresso fará com o embargo comercial em vigor há mais de 50 anos, Rubio foi contundente: "Este Congresso não levantará o embargo".
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, também criticou Obama por oferecer a Cuba a última de "uma longa sequência de concessões sem sentido a uma ditadura que trata brutalmente seu povo e conspira com nossos inimigos".
"Se há algo que consegue é incentivar os Estados que patrocinam o terrorismo", avaliou.
Críticas a Obama também vieram das fileiras democratas. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, disse que as ações de Obama "têm justificado o comportamento brutal do governo cubano".
Menendez rejeitou principalmente a troca de prisioneiros que acabou com a libertação de um cubano que fez espionagem para Washington em troca de três espiões cubanos condenados, assim como a liberdade do funcionário terceirizado do governo americano Alan Gross, preso durante cinco anos na ilha.
"Esta troca assimétrica gerará mais beligerância para o movimento opositor cubano e o aumento da pressão do governo ditatorial sobre seu povo", destacou.
Três legisladores americanos, entre eles o veterano democrata Patrick Leahy, viajaram a Cuba para levar Gross de volta para casa nesta quarta-feira.
Leahy advertiu contra aqueles que se "agarram a uma política fracassada" de isolamento.
"Isto não serviria nem aos interesses dos Estados Unidos e seu povo, nem ao povo cubano", afirmou o senador. "É tempo de haver uma mudança", acrescentou.
Washington - Legisladores republicanos e democratas mostraram sua oposição, nesta quarta-feira, à aproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba , anunciado por Barack Obama , acusando o presidente de conceder "tudo" ao regime comunista e alertando que o Congresso deterá qualquer esforço para suspender o embargo econômico.
O senador republicano Marco Rubio qualificou o acordo entre Obama e seu colega cubano, Raul Castro, de "inexplicável" e disse que só atrasará ainda mais a transição de Cuba do comunismo a um sistema democrático.
"A Casa Branca concedeu tudo e ganhou pouco", destacou o cubano-americano Rubio, visivelmente incomodado.
Rubio espera se tornar o novo presidente da Comissão de Assuntos Exteriores para o Hemisfério Ocidental do Senado e anunciou que espera "um par de anos muito interessantes" nos quais será preciso abrir uma embaixada americana em Havana e nomear um embaixador.
"Tenho planejado usar todas as ferramentas à nossa disposição como maioria para reverter a maior quantidade possível destas mudanças", disse, em alusão aos planos anunciados por Obama, que incluem a flexibilização das restrições das viagens à ilha.
Consultado sobre o que o Congresso fará com o embargo comercial em vigor há mais de 50 anos, Rubio foi contundente: "Este Congresso não levantará o embargo".
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, também criticou Obama por oferecer a Cuba a última de "uma longa sequência de concessões sem sentido a uma ditadura que trata brutalmente seu povo e conspira com nossos inimigos".
"Se há algo que consegue é incentivar os Estados que patrocinam o terrorismo", avaliou.
Críticas a Obama também vieram das fileiras democratas. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, disse que as ações de Obama "têm justificado o comportamento brutal do governo cubano".
Menendez rejeitou principalmente a troca de prisioneiros que acabou com a libertação de um cubano que fez espionagem para Washington em troca de três espiões cubanos condenados, assim como a liberdade do funcionário terceirizado do governo americano Alan Gross, preso durante cinco anos na ilha.
"Esta troca assimétrica gerará mais beligerância para o movimento opositor cubano e o aumento da pressão do governo ditatorial sobre seu povo", destacou.
Três legisladores americanos, entre eles o veterano democrata Patrick Leahy, viajaram a Cuba para levar Gross de volta para casa nesta quarta-feira.
Leahy advertiu contra aqueles que se "agarram a uma política fracassada" de isolamento.
"Isto não serviria nem aos interesses dos Estados Unidos e seu povo, nem ao povo cubano", afirmou o senador. "É tempo de haver uma mudança", acrescentou.