Exame Logo

Laboratório busca aprovação rápida para remédio contra ebola

Droga da Sihuan Pharmaceutical é um entre os diversos tratamentos experimentais no mundo todo para o ebola

Agentes da saúde posam na entrada da Unidade de Tratamento do ebola, no Centro Médico John F. Kennedy, na capital liberiana Monróvia (Zoom Dosso/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 12h22.

Xangai - Uma empresa farmacêutica chinesa com laços militares está buscando acelerar a aprovação para um medicamento que, segundo o laboratório, pode curar o ebola , em um passo da China para se unir aos esforços contra o surto de uma doença que se espalhou a partir da África e chegou aos EUA e à Europa.

A Sihuan Pharmaceutical assinou um acordo com a Academia Militar de Ciências Médicas (AMCM) chinesa na semana passada para ajudar a buscar a aprovação para a droga, chamada JK-05, através do processo necessário na China, e ajudar a levá-la ao mercado.

O medicamento, desenvolvido pela academia, é atualmente aprovado apenas para uso de emergência militar.

“Acreditamos que podemos dar entrada na Administração Chinesa de Alimentos e Drogas antes do fim do ano”, disse o presidente do Conselho da Sihuan, Che Fengsheng, durante uma teleconferência com investidores na semana passada. “Eles estão observando isso muito seriamente... e podemos entrar na faixa‘verde’”, acrescentou.

A droga da Sihuan é apenas um entre os diversos tratamentos experimentais no mundo todo para o ebola. Caso seja bem-sucedida, seria um grande impulso para o setor farmacêutico chinês, ainda em desenvolvimento.

Além disso, também ajudaria a fortalecer os laços com a África, um parceiro cada vez mais importante para a segunda maior economia do mundo.

O atual surto da doença, o pior já registrado, matou mais de 4.000 pessoas, a maioria no oeste africano. Che disse que uma das forças da Sihuan é seu estreito laço com os militares.

A empresa, que alega ser a terceira maior fabricante de drogas prescritas da China, era originalmente uma unidade científica militar, a qual foi separada em sua atual forma em 2001.

“Nós temos uma série de conexões com unidades militares de ciências médicas e desenvolvemos vários produtos em cooperação com a AMCM”, disse Che.

A AMCM é uma unidade de pesquisa do Exército da Libertação Popular, que representa as Forças Armadas na China. Che indicou que uma vacina chinesa contra o surto da Sars há uma década, também desenvolvido por militares, foi aprovada pelo regulador rapidamente após ter sido submetida, indicando que a JK-05 pode receber tratamento semelhante.

Representantes da Sihuan, empresa na qual o Morgan Stanley tem participação, não estavam disponíveis para mais comentários nesta terça-feira.

A tentativa da China para curar o ebola ainda fica um pouco atrás do ZMapp e do TKM-ebola, desenvolvidos nos EUA, mas a gerência da Sihuan disse que a droga foi comprovadamente eficaz durante os testes com ratos.

A droga, que tem sido estudada e desenvolvida há cinco anos, é semelhante ao medicamento japonês para gripe favipiravir, desenvolvido pela Fujifilm Holdings, o qual tem sido utilizado para tratar pacientes com ebola.

Veja também

Xangai - Uma empresa farmacêutica chinesa com laços militares está buscando acelerar a aprovação para um medicamento que, segundo o laboratório, pode curar o ebola , em um passo da China para se unir aos esforços contra o surto de uma doença que se espalhou a partir da África e chegou aos EUA e à Europa.

A Sihuan Pharmaceutical assinou um acordo com a Academia Militar de Ciências Médicas (AMCM) chinesa na semana passada para ajudar a buscar a aprovação para a droga, chamada JK-05, através do processo necessário na China, e ajudar a levá-la ao mercado.

O medicamento, desenvolvido pela academia, é atualmente aprovado apenas para uso de emergência militar.

“Acreditamos que podemos dar entrada na Administração Chinesa de Alimentos e Drogas antes do fim do ano”, disse o presidente do Conselho da Sihuan, Che Fengsheng, durante uma teleconferência com investidores na semana passada. “Eles estão observando isso muito seriamente... e podemos entrar na faixa‘verde’”, acrescentou.

A droga da Sihuan é apenas um entre os diversos tratamentos experimentais no mundo todo para o ebola. Caso seja bem-sucedida, seria um grande impulso para o setor farmacêutico chinês, ainda em desenvolvimento.

Além disso, também ajudaria a fortalecer os laços com a África, um parceiro cada vez mais importante para a segunda maior economia do mundo.

O atual surto da doença, o pior já registrado, matou mais de 4.000 pessoas, a maioria no oeste africano. Che disse que uma das forças da Sihuan é seu estreito laço com os militares.

A empresa, que alega ser a terceira maior fabricante de drogas prescritas da China, era originalmente uma unidade científica militar, a qual foi separada em sua atual forma em 2001.

“Nós temos uma série de conexões com unidades militares de ciências médicas e desenvolvemos vários produtos em cooperação com a AMCM”, disse Che.

A AMCM é uma unidade de pesquisa do Exército da Libertação Popular, que representa as Forças Armadas na China. Che indicou que uma vacina chinesa contra o surto da Sars há uma década, também desenvolvido por militares, foi aprovada pelo regulador rapidamente após ter sido submetida, indicando que a JK-05 pode receber tratamento semelhante.

Representantes da Sihuan, empresa na qual o Morgan Stanley tem participação, não estavam disponíveis para mais comentários nesta terça-feira.

A tentativa da China para curar o ebola ainda fica um pouco atrás do ZMapp e do TKM-ebola, desenvolvidos nos EUA, mas a gerência da Sihuan disse que a droga foi comprovadamente eficaz durante os testes com ratos.

A droga, que tem sido estudada e desenvolvida há cinco anos, é semelhante ao medicamento japonês para gripe favipiravir, desenvolvido pela Fujifilm Holdings, o qual tem sido utilizado para tratar pacientes com ebola.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDoençasEbolaEpidemiasRemédios

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame