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Kim poderá ir à Casa Branca se cúpula tiver sucesso, diz Trump

Programa de armas nucleares norte-coreano será o assunto determinante no encontro do próximo dia 12 de junho

Trump: presidente dos EUA disse que irá deixar as conversas com Kim se sentir que precisa, e irá aumentar a pressão de sanções sobre o país asiático (Eric Thayer/Reuters)

Trump: presidente dos EUA disse que irá deixar as conversas com Kim se sentir que precisa, e irá aumentar a pressão de sanções sobre o país asiático (Eric Thayer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2018 às 20h05.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve nesta quinta-feira a possibilidade de convidar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, à Casa Branca se considerar a cúpula da semana que vem um sucesso, embora também sinalize estar disposto a abandonar a ideia se as conversas não correrem bem.

Em uma entrevista coletiva na Casa Branca com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, Trump repetiu o que disse na sexta-feira, afirmando ser possível que ele e Kim possam assinar um acordo para encerrar a Guerra da Coreia - que ocorreu entre 1950 e 1953 -, que foi interrompida somente com uma trégua, e não um tratado de paz.

"Nós podemos assinar um acordo, como vocês sabem isso seria um primeiro passo... Nós estamos analisando isso, estamos conversando sobre isso com muitas outras pessoas", disse Trump a repórteres nesta quinta-feira.

"Esta provavelmente é a parte fácil. A parte difícil continua depois disso."

Trump acrescentou esperar que algum dia as relações norte-americanas com o governo de Pyongyang possam ser normalizadas.

A principal questão para uma cúpula em 12 de junho em Cingapura é a exigência norte-americana para a Coreia do Norte abandonar um programa de armas nucleares que agora ameaça os EUA. A Coreia do Norte tem rejeitado abandonar seu arsenal unilateralmente.

A Coreia do Norte defende seus programas nuclear e de mísseis como um meio de dissuasão contra o que vê como agressão norte-americana. Os EUA possuem 28.500 soldados na Coreia do Sul, um legado da Guerra da Coreia.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reenfatizou a postura que Washington adotará para as negociações.

Pompeo disse que Trump rejeitará qualquer coisa que não seja a "completa, verificável e irreversível desnuclearização da península coreana".

"O presidente Trump está esperançoso. Mas ele também está indo para a cúpula com os olhos bem abertos", disse Pompeo durante um briefing na Casa Branca, após a coletiva de Trump e Abe.

Pompeo acrescentou, no entanto, que os EUA trabalharão para garantir a segurança da Coreia do Norte caso se desnuclearize. Trump "está preparado para garantir que uma RPDC (República Popular Democrática da Coreia) livre de suas armas de destruição em massa também seja uma Coreia do Norte segura", disse Pompeo.

O secretário de Estado planeja ficar na região após a cúpula para reunir-se com autoridades do Japão e da Coreia do Sul e viajar à China, importante aliada da Coreia do Norte, para discutir os próximos passos envolvendo Pyongyang.

Trump disse que irá deixar as conversas se sentir que precisa, e irá aumentar a pressão de sanções norte-americanas sobre a Coreia do Norte se as conversas não correrem bem.

Mais cedo, Trump disse a repórteres que é essencial que a Coreia do Norte abandone suas armas nucleares. "Se eles não se desnuclearizarem, isso não será aceitável", disse a repórteres pouco após Abe chegar à Casa Branca.

"Estou totalmente preparado para abandonar (as conversas)", disse posteriormente na entrevista coletiva.

Por outro lado, Trump disse que pode estender um convite a Kim para uma visita a Washington.

"Certamente se isto correr bem. Eu acho que será bem recebido", disse em resposta a uma pergunta. "Eu acho que ele irá ver isto muito favoravelmente, então eu acho que pode acontecer."

Trump também prometeu levantar o tópico de prisioneiros japoneses com Kim, após Abe focar na questão durante conversa mais cedo entre os líderes.

"Ele falou sobre isto longa e duramente e veementemente e eu irei seguir seus desejos e nós absolutamente iremos discutir isto com a Coreia do Norte", disse Trump.

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