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Kim diz que Coreia é "ameaça nuclear substancial" para os EUA

Declaração de Kim Jong-un ocorreu durante uma reunião com o alto escalão do Partido dos Trabalhadores norte-coreano

Kim Jong-Un: "o rápido desenvolvimento do potencial nuclear da RPDC agora exerce uma grande influência na estrutura política do mundo" (KNCA/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 06h31.

Seul - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , afirmou nesta sexta-feira que o país alcançou um "rápido desenvolvimento" de seu armamento estratégico e que representa uma "ameaça nuclear substancial" para os Estados Unidos, durante um discurso divulgado pela agência estatal "KCNA".

Kim Jong-un falou durante uma reunião com o alto escalão do Partido dos Trabalhadores, depois que Pyongyang testou no final de novembro o seu míssil balístico intercontinental (ICBM) mais avançado até o momento, e que segundo o regime, é capaz de carregar uma grande ogiva nuclear e de alcançar todo o território dos EUA.

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O "rápido desenvolvimento do potencial nuclear da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país) agora exerce uma grande influência na estrutura política do mundo e no ambiente estratégico", afirmou o líder norte-coreano no seu discurso inaugural.

"Ninguém pode negar que a RPDC emergiu como um estado estratégico capaz de apresentar uma ameaça nuclear substancial para os Estados Unidos", disse Kim Jong-un.

O líder também destacou que Pyongyang enfrenta "sérios desafios que não devem ser subestimados", embora tenha pedido ao povo norte-coreano para ter "otimismo sobre os progressos da revolução" ao invés de ficar "decepcionado ou assustado" por tais desafios.

Kim Jong-un realizou este discurso no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU deve votar uma nova proposta dos Estados Unidos para ampliar as sanções contra o país asiático, em resposta ao teste com um míssil balístico realizado no final do mês passado.

Se for aprovado, o projeto de resolução dos EUA cortaria ainda mais o acesso de Pyongyang a hidrocarbonetos e ordenaria a repatriação de norte-coreanos que trabalham fora do país, segundo fontes diplomáticas.

Washington defende que os rendimentos obtidos por muitos desses trabalhadores em lugares como Rússia ou China são utilizados pelo regime de Kim Jong-un para financiar seu programa nuclear e de mísseis.

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