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Khamenei chama abertura diplomática do Irã de "inadequada"

Khamenei também disse que não confia nos Estados Unidos como parceiro de negociações

O aiatolá Ali Khamenei: "Apoiamos a movimentação diplomática do governo, damos importância aos esforços diplomáticos e apoiamos o que aconteceu nessa última viagem" (Iranian Presidency/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2013 às 16h53.

Dubai - O líder supremo do Irã , Aiatolá Ali Khamenei, disse no sábado que apoiava o discurso diplomático do presidente Hassan Rouhani na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas na semana passada, mas que algumas coisas que aconteceram não foram "adequadas".

Khamenei não entrou em detalhes sobre as suas objeções, mas, também disse que não confia nos Estados Unidos como parceiro de negociações, insinuando haver algum desentendimento em relação à uma histórica conversa telefônica entre Rouhani e o presidente norte-americano, Barack Obama.

Mas enquanto o apoio parece ser limitado, ele pode ajudar Rouhani a se defender dos radicais conservadores que se opõem à sua iniciativa de uma "interação construtiva" com o mundo, para aliviar o isolamento internacional, economicamente prejudicial para Teerã.

Khamenei --o último intermediário da política de segurança e diplomacia do sistema de governo híbrido, clerical e republicano do Irã-- disse antes da viagem de Rouhani que apoiava a "flexibilidade heróica" na diplomacia, ao mesmo tempo em que advertia que a República Islâmica deve sempre lembrar quem são seus inimigos.

A conversa telefônica entre Rouhani e Obama, a primeira entre presidentes dos dois países afastados desde a Revolução Islâmica do Irã, de 1979, coroou uma semana de tentativas de diálogo feitas por Rouhani e seu ministro das relações exteriores, Mohammad Javad Zarif, com o Ocidente.

A maioria esmagadora de votos de Rouhani nas eleições de junho aumentou as esperanças de uma solução negociada para a longa discussão do Irã com as potências mundiais sobre seu programa nuclear, embora seja Khamenei quem tomará a decisão final sobre os contornos de qualquer acordo.

"Apoiamos a movimentação diplomática do governo, damos importância aos esforços diplomáticos e apoiamos o que aconteceu nessa última viagem", disse Khamenei em um discurso, de acordo com a agência de notícias ISNA. "Claro que em nossa opinião, parte do que aconteceu na viagem a Nova York foi inadequado." Ele não se explicou.

"Embora estejamos otimistas com os diplomatas do nosso governo, estamos pessimistas em relação aos americanos. O governo dos EUA não é confiável, é arrogante e quebra suas promessas", disse o principal clérigo iraniano.

Rouhani também ganhou a importante aprovação do Parlamento iraniano para suas ações conciliatórias na ONU, um gesto significativo já que a Assembleia é dominada por facções leais a Khamenei.

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Dubai - O líder supremo do Irã , Aiatolá Ali Khamenei, disse no sábado que apoiava o discurso diplomático do presidente Hassan Rouhani na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas na semana passada, mas que algumas coisas que aconteceram não foram "adequadas".

Khamenei não entrou em detalhes sobre as suas objeções, mas, também disse que não confia nos Estados Unidos como parceiro de negociações, insinuando haver algum desentendimento em relação à uma histórica conversa telefônica entre Rouhani e o presidente norte-americano, Barack Obama.

Mas enquanto o apoio parece ser limitado, ele pode ajudar Rouhani a se defender dos radicais conservadores que se opõem à sua iniciativa de uma "interação construtiva" com o mundo, para aliviar o isolamento internacional, economicamente prejudicial para Teerã.

Khamenei --o último intermediário da política de segurança e diplomacia do sistema de governo híbrido, clerical e republicano do Irã-- disse antes da viagem de Rouhani que apoiava a "flexibilidade heróica" na diplomacia, ao mesmo tempo em que advertia que a República Islâmica deve sempre lembrar quem são seus inimigos.

A conversa telefônica entre Rouhani e Obama, a primeira entre presidentes dos dois países afastados desde a Revolução Islâmica do Irã, de 1979, coroou uma semana de tentativas de diálogo feitas por Rouhani e seu ministro das relações exteriores, Mohammad Javad Zarif, com o Ocidente.

A maioria esmagadora de votos de Rouhani nas eleições de junho aumentou as esperanças de uma solução negociada para a longa discussão do Irã com as potências mundiais sobre seu programa nuclear, embora seja Khamenei quem tomará a decisão final sobre os contornos de qualquer acordo.

"Apoiamos a movimentação diplomática do governo, damos importância aos esforços diplomáticos e apoiamos o que aconteceu nessa última viagem", disse Khamenei em um discurso, de acordo com a agência de notícias ISNA. "Claro que em nossa opinião, parte do que aconteceu na viagem a Nova York foi inadequado." Ele não se explicou.

"Embora estejamos otimistas com os diplomatas do nosso governo, estamos pessimistas em relação aos americanos. O governo dos EUA não é confiável, é arrogante e quebra suas promessas", disse o principal clérigo iraniano.

Rouhani também ganhou a importante aprovação do Parlamento iraniano para suas ações conciliatórias na ONU, um gesto significativo já que a Assembleia é dominada por facções leais a Khamenei.

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